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Uma liderança palestina ativa e popular encerraria as divisões, afirma Meshaal

Khaled Meshaal, chefe do gabinete político do Hamas, durante conferência em Doha, capital do Catar, 1° de maio de 2017 [KARIM JAAFAR/AFP via Getty Images]

A liderança palestina “não tem perspectiva e não tem poder sobres suas próprias decisões”, afirmou ontem (29) Khaled Meshaal, chefe do movimento Hamas na diáspora.

Os palestinos, argumentou, sofrem essencialmente de três crises: “Crise na liderança, falta de ações de resistência e divisões internas”.

“Temos uma vasta resistência em Gaza, que lutou por quatro guerras … e nos deixou orgulhosos de sermos palestinos”, declarou Meshaal, ao insistir que esforços similares devem ser retomados em Jerusalém e Cisjordânia ocupada.

Segundo Meshaal, a resistência palestina forçou o ex-premiê israelense Ariel Sharon a retirar suas tropas e colonos da Faixa de Gaza, de modo que uma resistência contínua “levaria a ocupação a retirar-se também da Cisjordânia”.

A divisão interna entre os palestinos, prosseguiu, é uma questão perene a ser enfrentada. “Contudo, caso houvesse uma liderança ativa com apoio popular, teríamos superado tamanha divisão”, enfatizou o político veterano do Hamas.

Meshaal sugeriu a formação de uma nova liderança com um programa político concreto e pragmático, com base em “ação e consenso verdadeiros”, para pressionar a ocupação.

Não obstante, reiterou também a importância da resistência armada, sob prerrogativa da lei internacional, com ações estratégicas a serem conduzidas nos territórios palestinos.

“Trata-se da única forma de nos libertarmos e reconquistarmos nossos direitos, incluindo Jerusalém e todas as terras palestinas”, concluiu Meshaal.

LEIA: A história não contada de por que os palestinos estão divididos

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