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Negada por Israel, palestinos aspiram à reunificação familiar

Palestinos aguardam autorizações de viagem para entrar no Egito através da passagem de fronteira de Rafah em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, em 29 de abril de 2018 [Ashraf Amra/Apaimages]
Palestinos aguardam autorizações de viagem para entrar no Egito através da passagem de fronteira de Rafah em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, em 29 de abril de 2018 [Ashraf Amra/Apaimages]

Após o anúncio da Autoridade Palestina (AP) de que Israel aprovou 5.000 pedidos de reunificação familiar, os palestinos se reuniram em frente aos escritórios da Autoridade Palestina para Assuntos Civis, o órgão que recebe oficialmente os pedidos em nome de Israel, para apresentar seus documentos.

Milhares de palestinos que perderam seu caso para a reunificação familiar vivem sem carteiras de identidade, restringindo, portanto, sua movimentação e os colocando em risco de perseguição ou deportação israelense da Cisjordânia.

A questão da reunificação familiar é motivo de preocupação para milhares de palestinos cuja presença legal nos territórios palestinos ocupados não é reconhecida por Israel.

Esses indivíduos têm famílias na Cisjordânia e na Faixa de Gaza e entraram com permissão temporária ou “turística”, enquanto outros se casaram com outras nacionalidades antes de terem seus pedidos de reunificação familiar atendidos.

Embora não haja dados oficiais exatos sobre o número de pessoas que aguardam seus pedidos de reagrupamento familiar, o movimento de campanha Uniting My Right os estima em cerca de 20.000 pessoas.

Além daqueles com famílias que residem em áreas administradas pela AP, alguns daqueles com pedidos pendentes de reunificação familiar são casados com israelenses ou palestinos que vivem dentro de Israel.

No entanto, o recente anúncio israelense afeta apenas os palestinos “que entraram nos territórios palestinos com uma permissão de visitante ou um visto para obter a cidadania e um passaporte palestino”, de acordo com um comunicado da Autoridade de Assuntos Civis.

Detentores de identidade palestina que moram na Cisjordânia, mas são originários de Gaza, terão seu local de residência modificado.

Nos últimos meses, vários dos afetados se mobilizaram na cidade de Ramallah e no bloqueio de Gaza, e lançaram campanhas nas redes sociais, como a “Reunificação, Meu Direito”, para protestar contra as políticas israelenses.

LEIA: Gantz anuncia empréstimo à Autoridade Palestina

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