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Família de ativista palestino busca justiça internacional por seu assassinato

Menina atrás de um cartaz com uma fotografia do falecido ativista político Nizar Banat, durante protesto em sua memória, na Cidade de Gaza, 29 de junho de 2021 [MOHAMMED ABED/AFP via Getty Images]

A família do ativista palestino Nizar Banat, morto em custódia de forças de segurança da Autoridade Palestina (AP), em junho, apelou à justiça internacional para solucionar o caso.

Banat, crítico proeminente da Autoridade Palestina e de seu presidente, Mahmoud Abbas, foi assassinado horas depois da polícia palestina invadir sua casa e prendê-lo, na cidade de Hebron (Al-Khalil), no sul da Cisjordânia ocupada.

Nesta quinta-feira (26), advogados do escritório britânico Stoke White, que representa a família, afirmaram em nota que solicitaram à Polícia Metropolitana de Londres a abertura de uma investigação, com base no princípio de jurisdição universal.

A firma de advocacia também exortou diversos ramos do sistema de direitos humanos das Nações Unidas a abrir inquéritos sobre o assassinato de Banat, incluindo o Grupo de Trabalho sobre Detenções Arbitrárias e quatro relatorias especiais.

Em junho, um exame post-mortem demonstrou que Banat sofreu golpes na cabeça, peito, pescoço, pernas e mãos, durante o período de uma hora entre sua prisão e sua morte.

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Os advogados da família observaram ainda que sete oficiais de alto escalão foram identificados nominalmente na queixa, incluindo o Ministro de Assuntos Civis da Autoridade Palestina Hussein al-Sheikh, por suspeita de tortura e crimes de guerra.

“A responsabilidade pelo assassinato de Nizar Banat repousa muito claramente na liderança da Autoridade Palestina, incluindo o presidente Mahmoud Abbas e o premiê Mohammed Shtayyeh”, reiterou Hakan Camuz, chefe de direito internacional da Stoke White.

Na terça-feira (24), as Nações Unidas condenaram em nota a “pressão contínua” imposta pela Autoridade Palestina sobre as liberdades de expressão na Cisjordânia, após a prisão de 20 palestinos que planejavam protestar por justiça sobre o caso de Banat.

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