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Mudança climática reduzirá produção de soja e carne no Brasil

Autuação policial em fazenda que deixava de alimentar gado em Aparecida do Taboado [ Divulgação/PMA]
Autuação policial em fazenda que deixava de alimentar gado em Aparecida do Taboado [ Divulgação/PMA]

O cientista brasileiro Paulo Artaxo, membro do IPCC, chama a atenção para os riscos no Brasil das mudanças climáticas apontadas no novo relatório do painel da ONU. As previsões preocupantes são de que o mundo deve descumprir meta de limitar aquecimento global a 1,5 °C já na próxima década. Sem ações imediatas para evitar o desastre climático, nível do mar deve subir drasticamente, e Amazônia pode virar savana.

Em entrevista ao jornal Deutsche Welle Brasil (DW), o professor do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP) e vice-presidente da SBPC prevê que a região central do país pode sofrer uma alta de temperatura de até 5,5°C, e uma queda de 30% nas chuvas até o fim do século.

“Esse cenário vai fazer com que áreas onde hoje são produzidas soja e carne possam não ter mais condições de produzir competitivamente daqui a 10, 20, 30 anos”, diz ele.

Como enfatiza da DW, a primeira parte do novo relatório do Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas (IPCC), divulgada na segunda-feira (09), afasta quaisquer dúvidas sobre a causa do aquecimento do planeta. O modo de vida da humanidade, movido à base da queima de combustíveis fósseis, emite gases de efeito estufa que estão levando a um rápido aquecimento do planeta. Até a próxima década, a temperatura média global deve subir 1,5°C, estima o IPCC.

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