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Egito nega denúncias de abuso sexual em suas cadeias

Representantes da Anistia Internacional exibem imagens da antiga rainha egípcia Nefertiti com uma máscara de gás, para denunciar a violência contra as mulheres perpetrada pelo regime egípcio de Abdel Fattah el-Sisi, em Berlim, Alemanha, 19 de agosto de 2013 [Sean Gallup/Getty Images]

Na sexta-feira (9), o regime egípcio do presidente e general Abdel Fattah el-Sisi negou denúncias divulgadas pelo jornal New York Times de que mulheres detidas no país norte-africano são vítimas de abuso sexual por policiais e agentes do governo.

A reportagem de 5 de julho do periódico americano, com relatos de dezenas de mulheres assediadas sexualmente em delegacias, cadeias e hospitais do Egito, corroboram evidências de que tais agressões são frequentes e institucionalizadas.

Entretanto, o Ministério do Interior do Egito — responsável por supervisionar as ações da polícia e de agentes carcerários no país — negou a “validade” das denúncias, ao acusar as vítimas de “propagar rumores e mentiras”.

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Em nota, o regime militar insistiu que acusações de violações sistemáticas contra a integridade física de mulheres detidas são falsas; contudo, sem provas ou sequer inquérito. O governo tampouco respondeu a um pedido do New York Times para mais informações.

O jornal reiterou que as mulheres defendem a veracidade de seus relatos, consistentes com anos de denúncias de abuso sexual, tortura e estupro perpetrado pela polícia e pelo judiciário do Egito, sobretudo após o golpe militar que levou Sisi ao poder, em 2013.

Uma fonte policial citada na reportagem descreveu o assédio sexual contra mulheres por autoridades egípcias como “generalizado”, com o objetivo de “humilhar a humanidade” das vítimas, sem qualquer pretexto de investigação.

Assédio sexual [Sabaaneh/Monitor do Oriente Médio]

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