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Embaixador mexicano critica Conselho de Segurança e recebe medalha

O presidente mexicano, López Obrador, e o embaixador do país na ONU, ao celebrar indicação para o Conselho de Segurança da ONU, em julho de 2019 [Presdiência do Mèxico]
O presidente mexicano, López Obrador, e o embaixador do país na ONU, ao celebrar indicação para o Conselho de Segurança da ONU, em julho de 2019 [Presdiência do Mèxico]

O embaixador mexicano junto às Nações Unidas, Juan Ramón de la Fuente, criticou o Conselho de Segurança da ONU e considerou “lamentável.” que essa instância das Nações Unidas ainda não tenha atuado pelo fim dos ataques na Faixa de Gaza.

Na última reunião, a terceira sem produzir qualquer resultado, o México instou o órgão a assumir seu papel de um dos principais garantes da paz e segurança internacionais e a se manifestar contra o conflito armado na Faixa de Gaza. Mas pela terceira vez, o governo dos Estados Unidos barrou qualquer posicionamento do conselho, preferindo dialogar diretamente com Netanyahu, defendendo, no entanto, o direito de defesa de Israel.

Ramón de la Fuente considerou desproporcionais as forças empregadas por Israel contra Gaza e cobrou: “É imprescindível que este Conselho levante uma voz unificada, tente pôr fim à violência dos últimos dias, peça a proteção urgente da população civil, o respeito irrestrito ao Direito Internacional Humanitário e o diálogo entre as partes, como único possível solução. ”

Para o  embaixador, o aumento de vítimas civis, particularmente em Gaza, tornou a intervenção do conselho “absolutamente necessária ”.

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No dia 15 de maio, o governo de Lopez Obrador foi pressionado publicamente pelo embaixador do México, Ziv , a condenar o Hamas como terrorista, acusar o grupo palestino de dois crimes de guerra e apoiar o direito de defesa de Israel. Mas a pressão não sensibilizou o governo mexicano.

Pelas posições coerentes com a defesa dos direitos humanos, o embaixador mexicano na ONU, também ex-reitor da Universidade Nacional do Mèxico (UNAM), foi homenageado pelo  Congreso da Cidade do México com a Medalla al Mérito Internacional, pelo trabalho na defesa dos migrantes e dos direitos humanos em geral, e por suas “posições perante a organização internacional em nome do México, a exemplo da reprovação ao Conselho de Segurança da ONU por não ter assumido seu papel no referido conflito como fiador da paz e segurança internacionais.”

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