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Mais de 300 crianças e 550 esposas do Daesh estão presas no Iraque

Um oficial iraquiano inspeciona uma prisão no Iraque, em 30 de junho de 2016. [Ahamd Al-Rubaye/AFP/Getty Images]
Um oficial iraquiano inspeciona uma prisão no Iraque, em 30 de junho de 2016. [Ahamd Al-Rubaye/AFP/Getty Images]

O Escritório de Direitos Humanos da Missão de Assistência das Nações Unidas para o Iraque (UNAMI, na sigla em inglês) revelou que mais de 300 crianças e 550 mulheres de nacionalidades estrangeiras foram presas desde a libertação das cidades iraquianas anteriormente controladas pelo Daesh.

Em um comunicado divulgado pelo canal de notícias Alsumaria TV, a UNAMI afirmou: “Três anos após a derrota devastadora do Daesh e a libertação das cidades iraquianas de suas garras, os filhos e as esposas dos combatentes do Daesh ainda estão presos sem poder voltar para seus países ou ser liberado para ter uma vida normal novamente”.

O órgão da ONU indicou que a maioria dos estados se recusa a receber seus nacionais que tenham vínculos com o Daesh no Iraque, incluindo Austrália, Alemanha, França, entre outros países, deixando o Iraque responsável pelas crianças.

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O governo de Bagdá se recusa a conceder cidadania às crianças do Daesh sob o pretexto de que esse procedimento é ilegal. No entanto, as autoridades são obrigadas a mantê-los nas prisões e fornecer-lhes alimentos até chegar a um acordo para o retorno dos estrangeiros aos seus países.

Apenas dois países concordaram em aceitar várias crianças do Daesh – Turquia e Azerbaijão – já que Ancara recebeu um grupo de filhos de pais turcos há alguns meses. Enquanto isso, o governo de Baku repatriou 212 crianças do Daesh de combatentes de nacionalidade azeri que foram mantidas com suas mães, presas pelo judiciário iraquiano sob a acusação de aderir à organização terrorista.

O judiciário iraquiano está julgando combatentes locais e estrangeiros do Daesh de acordo com o Artigo 4 da Lei Antiterrorismo, que estipula a pena de morte para qualquer pessoa que cometer um crime como principal perpetrador ou cúmplice de atos terroristas.

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