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Etiópia insiste em tutela da União Africana para negociar barragem

Obras da Grande Represa do Renascimento na Etiópia, em 26 de dezembro de 2019 [Eduardo Soteras/AFP/Getty Images]
Obras da Grande Represa do Renascimento na Etiópia, em 26 de dezembro de 2019 [Eduardo Soteras/AFP/Getty Images]

Dina Mufti, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da Etiópia, reiterou a posição de seu país de retomar as negociações sobre a Grande Represa do Renascimento com Sudão e Egito, a qualquer momento, porém, sob tutela exclusiva da União Africana.

Segundo informações da rede Al Jazeera divulgadas nesta terça-feira (16), Mufti afirmou que Addis Ababa não recebeu ainda qualquer proposta do quarteto, em resposta ao pedido oficial sudanês para uma mediação quadripartite para a disputa.

O Primeiro-Ministro do Sudão Abdalla Hamdok enviou cartas à União Africana, União Europeia, Nações Unidas e Estados Unidos para compor uma equipe de mediação sobre a questão.

O governo etíope anunciou previamente suas intenções de iniciar a segunda fase do preenchimento da represa em julho próximo, mesmo que não haja um acordo vinculativo estabelecido com os dois países a jusante.

O Sudão, de sua parte, ameaçou recorrer ao Conselho de Segurança da ONU caso a Etiópia rejeite a proposta de mediação internacional sobre a crise.

Negociações entre Sudão, Egito e Etiópia estão paralisadas há anos, devido a divergências sobre como preencher e operar a barragem. Sudão e Egito temem o impacto do preenchimento dos reservatórios nas águas do Nilo, sobretudo na época de seca.

LEIA: Turquia apresenta-se para mediar questão sobre a Grande Represa do Renascimento

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