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Tratamento dado aos uigures pela China viola a Convenção do Genocídio de 1948, diz relatório

Membros da minoria de Mulheres Muçulmanas Uigures seguram cartazes e bandeiras em manifestação contra a China e seu tratamento à comunidade uigur na China, em 8 de março de 2021. [Ozan Kose/AFP via Getty Images]
Membros da minoria de Mulheres Muçulmanas Uigures seguram cartazes e bandeiras em manifestação contra a China e seu tratamento à comunidade uigur na China, em 8 de março de 2021. [Ozan Kose/AFP via Getty Images]

A China é responsável por violações da Convenção do Genocídio no tratamento dado aos muçulmanos uigures, disse em um relatório o instituto de estudos Newline Institute for Strategy com sede nos Estados Unidos.

De acordo com o think tank, esse relatório é a primeira aplicação de um especialista independente da Convenção do Genocídio de 1948 ao tratamento em curso dos uigures na China.

“A China tem a responsabilidade do Estado por cometer genocídio contra os uigures em violação da Convenção de 1948 para a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio (Convenção do Genocídio) com base em uma extensa revisão das evidências disponíveis e aplicação de direito internacional à evidência dos fatos no terreno”, diz o relatório.

“As políticas e práticas da China visando os uigures na região devem ser vistas em sua totalidade, o que equivale a uma intenção de destruir os uigures como um grupo, no todo ou em parte substancial, como tal”, acrescenta.

O relatório também examina os principais desenvolvimentos pertinentes na Região Autônoma Uigur de Xinjiang (XUAR – Turquestão Oriental) de maio de 2013, quando as autoridades do XUAR divulgaram o primeiro documento conhecido que estabelece as bases para a campanha de internamento em massa.

A China promoveu simultaneamente uma campanha dupla sistemática de esterilização forçada de mulheres uigures em idade reprodutiva, afirma o relatório, e de internação de homens uigures em idade fértil, evitando a capacidade regenerativa do grupo.

Em janeiro passado, a embaixada da China nos Estados Unidos declarou publicamente: “No processo de erradicação do extremismo, as mentes das mulheres uigur em Xinjiang foram emancipadas […] tornando-as não mais máquinas de fazer bebês”. No entanto, esta declaração foi posteriormente removida pelo Twitter.

LEIA: Embaixada da China em Bagdá responde a acusações dos EUA de abusos de direitos humanos

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