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Militares de Israel pedem a Gantz que não concorra nas eleições

Benny Gantz, Ministro da Defesa e premiê alternativo, em Jerusalém 5 de julho de 2020 [Gali Ali Tibbon/AFP via Getty Images]
Benny Gantz, Ministro da Defesa e premiê alternativo, em Jerusalém 5 de julho de 2020 [Gali Ali Tibbon/AFP via Getty Images]

Dezenas de ex-comandantes do exército de Israel exortaram Benny Gantz, líder do partido Azul e Branco (Kahol Lavan), a renunciar à sua candidatura nas eleições gerais marcadas para março próximo, reportou o jornal Times of Israel.

Em carta publicada pelos principais periódicos do país, 130 signatários destacaram a urgência de reforçar o fronte para derrotar o Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu.

“O partido de Gantz enfraquecerá os votos caso não consiga obter apoio suficiente para adentrar no Knesset [parlamento israelense]”, destacou o comunicado.

“A hora de tomar uma decisão final de liderança chegou, ao retirar-se desta perigosa campanha que obterá resultados abaixo da cláusula de barreira e deixará mais outro partido fora do Knesset”, argumentaram os militares.

“A ordem do dia requer outra brava decisão: Não permitir que votos sejam desperdiçados. Israel irá saudá-lo”, afirmou a carta, em referência ao slogan eleitoral de Gantz.

Em resposta, Gantz alegou compromisso com o objetivo em questão, prometeu manter seus avanços e preservar a democracia israelense, ao permanecer no governo como contrapeso a Netanyahu – “que, de outro modo, imporia uma ditadura de fato”.

O líder do partido Azul e Branco, entretanto, rejeitou os apelos para renunciar à sua candidatura, até então.

Entre os signatários da carta: Carmi Gillon, ex-chefe do serviço secreto Shin Bet; Ehud Barak, ex-premiê e ex-chefe das Forças de Defesa de Israel; Uzi Arad, ex-presidente do Conselho de Segurança Nacional; e Danny Yatom, ex-chefe do Mossad.

LEIA: Mais de 20 ex-autoridades israelenses apoiam o retorno dos EUA ao acordo nuclear com o Irã

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