Portuguese / English

Middle East Near You

Bolsonaro chama Mourão de “palpiteiro” e defende Ernesto Araújo

Vice-presidente Hamilton Mourão [Foto Antonio Cruz/ Agência Brasil]
O presidente da República em exercício, Hamilton Mourão, fala à imprensa

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), criticou nesta quinta-feira (28), a declaração do vice Hamilton Mourão sobre uma possível reforma ministerial  após as eleições no congresso marcadas para segunda-feira e a substituição do atual ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. Em conversa com apoiadores, frente ao Palácio da Alvorada, Bolsonaro chamou o seu vice de “palpiteiro”.

“O que nós menos precisamos é de palpiteiros no tocante à formação do meu ministério. Deixo bem claro que todos os 23 ministros sou eu que escolho e mais ninguém. Ponto final. Se alguém quiser escolher ministro, se candidate em 2022 e boa sorte em 23”, declarou.

Antes, ao ser questionado por um apoiador sobre a reforma ministerial mencionada por Mourão, na quarta-feira (29), o presidente afirmou que não sabia de mudanças e não responderia a pergunta.

“Não estou sabendo, não. Tem que perguntar pra ele. Mas obrigada pela pergunta aí. Quem troca ministro é presidente da República, certo? Agora é difícil governar o Brasil. Não é fácil, mas tudo bem. Não vou responder essa pergunta não”, disse.

LEIA: Ernesto Araújo e a idolatria com Mike Pompeo

Pouco tempo depois, Bolsonaro voltou ao tema, afirmando que a pergunta deveria ser levada a sério. Dos 23 ministros,  disse que apenas uma troca estava prevista: a do Ministério da Secretária Geral da Presidência.  Atualmente, o cargo está ocupado pelo ministro interino Pedro César Nunes, que era subchefe de Assuntos Jurídicos. Ele disse que a única mudança prevista é efetivar Nunes ou substituí-lo.

“Eu lamento que gente do próprio governo agora passe a dar palpites no tocante à troca de ministros. O governo vai indo bem, apesar dos problemas que nós temos, e estou falando da pandemia que realmente deu uma atrapalhada em quase tudo.”, declarou Jair.

Mais cedo,  durante evento de inauguração da nova ponte sobre o Rio São Francisco, em Propriá (SE), Bolsonaro já havia acenado seu apoio à Araujo, afirmando que deveriam ser exonerados os ministros elogiados pela mídia, e não o contrário.

“Eu sempre digo, se ministro meu for elogiado pela mídia, corre o risco de ser demitido. Sem querer generalizar a nossa mídia, temos bons jornalistas. Mas os figurões da mídia o tempo todo criticam o nosso Ernesto Araújo, o nosso homem que faz a ligação, as relações públicas com o mundo todo”.

LEIA: Entre democracia e mediocracia – como explicar a ascensão do Trumpismo e Bolsonarismo?

Categorias
América LatinaÁsia & AméricasBrasilNotícia
Show Comments
Palestina: quatro mil anos de história
Show Comments