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Hillary Clinton produzirá drama de tevê pró-milícia curda

Hillary Clinton e Chelsea Clinton falam no palco em ‘Hillary Clinton e Chelsea Clinton discutem seu novo livro’, The Book of Gutsy Women, no Wilshire Ebell Theatre, em 5 de novembro de 2019, em Los Angeles, Califórnia. [Emma McIntyre/Getty Images]
Hillary Clinton e Chelsea Clinton falam no palco em ‘Hillary Clinton e Chelsea Clinton discutem seu novo livro’, The Book of Gutsy Women, no Wilshire Ebell Theatre, em 5 de novembro de 2019, em Los Angeles, Califórnia. [Emma McIntyre/Getty Images]

A ex-secretária de Estado dos Estados Unidos e candidata à presidência, Hillary Clinton, está produzindo um drama para a televisão em apoio às milícias curdas na Síria. Clinton está sendo acompanhada no projeto por sua filha, Chelsea.

De acordo com a revista Hollywood Reporter, os Clintons produzirão o drama em parceria com a HiddenLight Productions. Será baseado no livro As Filhas de Kobani: Uma História de Rebelião, Coragem e Justiça, da autora e jornalista americana Gayle Tzemach Lemmon.

No livro, que será publicado no próximo mês, Lemmon conta as histórias de mulheres nas milícias curdas no nordeste da Síria que lutaram contra o grupo terrorista Daesh após seu surgimento em 2014. “As Filhas de Kobani […] é um relato extraordinário sobre mulheres corajosas e desafiadoras que lutam por justiça e igualdade”, disse Clinton à revista.

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As milícias curdas na Síria, como as Unidades de Proteção do Povo (YPG) e as Forças Democráticas da Síria (SDF), são populares no Ocidente, sobretudo por usarem mulheres soldados e seu verniz de princípios democráticos. Essa é a imagem que lhes rendeu muita simpatia ocidental ao longo dos anos e apoio americano militarmente na luta contra o Daesh e como possível contrapeso às forças turcas na região.

Os governos europeus também os veem mais ou menos como parceiros da cooperação na Síria e consideram legítima sua administração no Nordeste do país. Alguns relatórios, no entanto, apontam  seu histórico precário de direitos humanos, que permanece amplamente esquecido.

Um relatório da ONU de 2018 apontou o aumento do recrutamento forçado de adolescentes soldados, e a organização síria de direitos humanos (SNHR) denuncia sequestros, tortura, a repressão à liberdade de expressão e a perseguição de elementos da população árabe nas áreas sob seu controle. Este mês, a Agência Anadolu denunciou que o YPG também teria atirado em crianças sírias enquanto o grupo tentava recrutá-las à força.

Nas denúncias, geralmente o YPG é considerado o ramo sírio do PKK, considerado terrorista por países como a Turquia e os Estados Unidos.

Essa conexão levou a ações contra ex-combatentes estrangeiros o YPG, até mesmo pelos EUA e Europa. A inteligência dos EUA, por exemplo, prendeu o ex-militante da YPG Daniel Baker no início deste mês por supostamente tentar cometer um ataque terrorista e um conflito armado contra partidários pró-Trump no edifício do Capitólio. As autoridades britânicas também prenderam um lutador da milícia em 2018.

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