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Militantes curdos disparam contra crianças sírias enquanto tentam recrutá-las à força

Membros da milícia das Unidades de Proteção do Povo Curdo (YPG), 28 de fevereiro de 2015. [Kurdishstruggle/Flickr]
Membros da milícia das Unidades de Proteção do Povo Curdo (YPG), 28 de fevereiro de 2015. [Kurdishstruggle/Flickr]

Militantes pertencentes às Unidades de Proteção dos Povos Curdos (YPG) abriram fogo contra crianças que tentaram fugir depois de terem sido recrutadas à força pela milícia no início desta semana, informou a Agência Anadolu.

Os militantes do YPG estavam em processo de prender mais de uma dúzia de meninos no centro de Qamishli, na província de Hasakah, na terça-feira (12), quando os recrutas relutantes começaram a fugir. Os militantes abriram fogo, ferindo pelo menos um.

Há muito tempo que a milícia recruta crianças à força nos territórios que controla. Militantes são acusados ​​de invadir casas e vilas inteiras para sequestrar os jovens, que são transportados para campos de treinamento antes dos combates no norte e leste da Síria e no norte do Iraque.

A prática de recrutar crianças à força, principalmente com idades entre 11 e 16 anos, continua a ser uma mancha significativa na reputação da milícia curda, que quer ser vista como uma entidade legítima na região. Isto é particularmente verdade porque o YPG tem sido apoiado pelos Estados Unidos e nações europeias nos últimos anos na luta contra o Daesh.

De acordo com o Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional (TPI), o recrutamento e uso de menores de 15 anos para fins militares é considerado um crime de guerra e uma violação dos direitos humanos. No caso do YPG, isso é agravado pelo fato de que os recrutas são forçados a se envolver.

Esse incidente ocorre em um momento em que o YPG é suspeito de assassinatos e ataques a personalidades no leste da Síria. Nas últimas seis semanas, vários funcionários locais e figuras tribais na província de Deir Ez-Zor foram assassinados por pistoleiros não identificados; pelo menos 70 pessoas foram mortas na província nos últimos cinco meses.

Embora nem todos esses ataques tenham sido confirmados como conduzidos pelo YPG ou sua afiliada, as Forças Democráticas Sírias (SDF) lideradas pelos curdos, a população local e a população árabe expressaram suas suspeitas de que provavelmente estão por trás deles com base em seus histórico na região.

LEIA: Ataque a bomba mata uma pessoa e fere seis, no noroeste da Síria

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