![Governador de Darfur Ocidental Muhammad Abdullah al-Duma sobreviveu a uma tentativa de assassinato, quando agressores não identificados fuzilaram sua casa [@GurageFirst/Twitter]](https://i0.wp.com/www.monitordooriente.com/wp-content/uploads/2021/01/EsJOn06W4AMYioR.jpeg?resize=700%2C467&quality=75&strip=all&ssl=1)
Muhammad Abdullah al-Duma, governador do estado sudanês de Darfur Ocidental, sobreviveu a uma tentativa de assassinato, quando agressores não identificados fuzilaram sua casa.
Após uma reunião de segurança com al-Duma, o governo local emitiu uma nota para reportar o atentado, executado com armas de guerra, na noite de terça-feira (19). Segundo as informações, forças de segurança reagiram ao ataque; contudo, sem baixas.
“O governador está bem e em perfeito estado de saúde, no exercício de seus deveres”, reiterou o comunicado oficial.
A nota não concedeu detalhes sobre o grupo armado, mas a imprensa local relatou o uso de artilharia pesada e barulhos de explosões por toda a região.
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A Associação de Advogados de Darfur (DBA) alertou previamente sobre a ameaça de milícias armadas em Darfur Ocidental, diante do aumento significativo da posse de armas e uso de equipamentos militares em ataques semelhantes.
Em nota sobre o recente atentado, a DBA denunciou que tais incidentes são resultado do descrédito do próprio governo em proteger seus cidadãos, de modo a fomentar a presença de grupos internacionais de direitos humanos para suprir o fracasso do poder público.
O atentado contra o governador coincidiu com violentos ataques na cidade de Geneina, em Darfur Ocidental, que levaram à morte de 159 pessoas e 202 feridos, segundo informações divulgadas na terça-feira pelo Comitê Central de Médicos do Sudão (CCSD).
A crise em Geneina decorreu de uma disputa armada entre dois membros de tribos distintas, um árabe e outro masalit, grupo étnico presente na fronteira entre Chade e Sudão. O confronto resultou na morte do cidadão árabe.
Apesar da prisão do outro indivíduo, milícias armadas marcharam a Geneina de diversas partes do estado e executaram uma série de ataques.
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No sábado (16), as autoridades decidiram impor um toque de recolher por todo o estado, como tentativa de encerrar o conflito na cidade.
Darfur ainda vivencia confrontos violentos entre tribos árabes e africanas, que disputam terras e recursos locais.
O controle de segurança é uma das prioridades do atual governo de transição, previsto para durar 53 meses, durante os quais o poder no Sudão é compartilhado entre o exército e a chamada Coalizão pela Declaração de Liberdade e Mudança.
O período transicional civil-militar começou em 21 de agosto de 2019 e deverá culminar em eleições gerais, no início de 2024.
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