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Nova campanha pede soltura de prisioneiros doentes e idosos, no Egito

Policial egípcio entra na prisão de Tora, no Cairo, capital do Egito, 11 de fevereiro de 2020 [Khaled Desouki/AFP/Getty Images]
Policial egípcio entra na prisão de Tora, no Cairo, capital do Egito, 11 de fevereiro de 2020 [Khaled Desouki/AFP/Getty Images]

Uma nova campanha foi lançada no Egito pedindo pela soltura de prisioneiros idosos e doentes, diante dos riscos impostos pela pandemia de coronavírus, segundo informações da rede The New Khaleej, publicadas nesta terça-feira (29).

A campanha foi anunciada no Facebook pelo Batel, grupo de ativismo político criado por figuras da oposição egípcia, em 2018.

“Milhares de prisioneiros idosos continuam encarcerados, mas ninguém fala de sua situação”, declarou o Batel. “É como se permanecer na prisão até o dia de sua morte fosse normal”.

O grupo exortou organizações de direitos humanos a denunciar as condições severas impostas a presos idosos e doentes no Egito e pressionar o regime do Presidente Abdel Fattah el-Sisi por sua soltura, independente de filiação política.

“O que ganha o regime ao deter uma mulher com mais de 60 anos de idade, somente por sua posição política ou de algum parente?”, questionou o Batel. “Que risco impõe um homem com mais de 70 ou 80 anos de idade a Sisi ou seu regime?”

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Grupos de direitos humanos estimam que há mais de 60.000 prisioneiros políticos mantidos hoje no Egito. A enorme maioria é acusada de alguma relação com a Irmandade Muçulmana. Todos sofrem com condições precárias e centenas morreram atrás das grades.

A iniciativa Batel – “vazio”, em árabe – foi lançada em março de 2018 para marcar oposição às emendas constitucionais adotadas pelo atual regime, que criaram os pressupostos para que o general Sisi permaneça no poder até 2030.

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