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Turquia entrega assistência ao povo rohingya, para enfrentar o inverno em Bangladesh

Mulheres refugiadas rohingya no Centro de Treinamento de Trabalho da cidade de Lhokseumawe, na província de Aceh, em 7 de setembro de 2020 [Khalis Surry/Agência Anadolu]
Mulheres refugiadas rohingya no Centro de Treinamento de Trabalho da cidade de Lhokseumawe, na província de Aceh, em 7 de setembro de 2020 [Khalis Surry/Agência Anadolu]

A agência de assistência humanitária da Turquia encerrou, neste domingo (29), a entrega de cobertores a 5.000 famílias rohingya nos campos de refugiados de Bangladesh, às vésperas do inverno no Hemisfério Norte, reportou a agência Anadolu.

“Como parte de nossa ajuda de inverno aos muçulmanos rohingya, completamos a distribuição de cobertores a 5.000 famílias. Continuaremos a apoiar os refugiados perseguidos durante o inverno, que chegará a Bangladesh com toda a sua força em meados de dezembro”, declarou Ismail Gundogdu, coordenador local para a Agência de Cooperação e Coordenação da Turquia (TIKA).

O inverno deverá atingir duramente os refugiados rohingya no sudeste de Bangladesh, aleram residentes locais.

Prosseguiu Gundogdu: “Desde o início da crise rohingya em sua forma massiva, após o êxodo de agosto de 2017, a TIKA trabalhou ativamente para conceder apoio ao povo apátrida”.

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Na última semana, a agência turca concluiu também uma operação de cinco dias para distribuir alimentos a 5.000 famílias rohingya nos campos de refugiados.

A TIKA foi fundada em 1992 e hoje possui escritórios em 60 países. A agência abriu uma filial em Bangladesh, em 2014, e executou centenas de projetos no país, desde então.

Em setembro, distribuiu 5.000 pacotes de alimentos desidratados entre o povo rohingya do distrito de Bazar de Cox, no sul de Bangladesh. Ao longo de 2020, distribuiu itens de saúde e pacotes alimentícios entre os refugiados.

Em 2019, a TIKA distribuiu refeições quentes a aproximadamente 25.000 refugiados rohingya, quase diariamente, como resposta humanitária à brutal intervenção militar de 25 de agosto de 2017 no estado de Rakhine, em Mianmar.

Na ocasião, mais de 750.000 refugiados rohingya, a maioria mulheres e crianças, fugiu de Mianmar em direção a Bangladesh, elevando o número de pessoas deslocadas no pequeno país bengali a 1.2 milhões de refugiados, vítimas de perseguição étnica.

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