![Forças israelenses reprimem palestinos durante protesto contra a construção de um assentamento ilegal em terras palestinas, na aldeia de Ras Karkar, perto de Ramallah, Cisjordânia ocupada, 4 de setembro de 2018 [Issam Rimawi/Agência Anadolu]](https://i0.wp.com/www.monitordooriente.com/wp-content/uploads/2020/11/20180904_2_32208731_36925456-1.jpg?resize=1200%2C800&quality=75&strip=all&ssl=1)
Tratores militares de Israel devastaram terras palestinas na manhã de hoje (25), a partir da aldeia de Ras Karkar, oeste de Ramallah, na Cisjordânia ocupada, sob pretexto de construir um canal de esgoto.
Nu’man Nofal, fazendeiro local, afirmou à agência de notícias Wafa que tratores israelenses destruíram terras da aldeia, conhecida como Ras Abu Zaitoun, a fim de instalar o suposto canal de esgoto a ser utilizado por assentamentos coloniais próximos.
Entre 500.000 e 600.000 israelenses vivem em assentamentos exclusivamente judaicos por todo o território ocupado de Jerusalém Oriental e Cisjordânia, em violação da lei internacional.
Nofal relatou ainda que forças da ocupação israelense abriram uma estrada de terra em direção sua pequena fazenda de 50 dunums (0.05 km²), então cercaram sua propriedade e instalaram um portão de metal, há dois meses.
LEIA: Médico palestino é preso quando tratava feridos em protesto na Cisjordânia
Desde então, as tropas de Israel negam o acesso de Nofal a seu lote de terra, a menos que apresente uma autorização especial do exército da ocupação.
Em 2019, o fazendeiro palestino conseguiu recuperar suas terras, reiteradamente tomadas pelas forças militares israelenses. Em seguida, plantou árvores e colheitas, arrancadas agora por soldados que invadiram o local.
Forças israelenses também expulsaram hoje (25) ao menos dez famílias palestinas de suas casas, no Vale do Jordão, norte da Cisjordânia ocupada, para conduzir exercícios militares, reportou a agência de notícias Wafa.
Moataz Basharat, oficial sênior que monitora as atividades coloniais de Israel, denunciou que soldados israelenses expulsaram a força dez famílias que viviam nas aldeias de Al-Burj e Al-Maita, no Vale do Jordão, sob pleno domínio militar do estado sionista.
Basharat destacou que os exercícios são conduzidos com munição real, a fim de “expulsar os palestinos do Vale do Jordão e controlar o território.”
O Vale do Jordão abrange quase um terço da Cisjordânia ocupada e abriga 65.000 palestinos, em 28 aldeias distintas. O plano de anexação ilegal israelense – postergado, no momento – inclui esta área ocupada.
Desde 1967, quando ocupou a Cisjordânia, Israel transferiu ao menos 11.000 cidadãos judeus ao Vale do Jordão, conforme =projeto colonial. Alguns dos assentamentos ilegais israelenses são construídos quase inteiramente sobre terras palestinas particulares.
LEIA: Leis israelenses discriminatórias do direito à propriedade da terra
Este conteúdo da Middle East Monitor está licenciado sob uma Internacional Creative Commons Atribuição Não Comercial de Livre Compartilhamento (Attribution-NonCommercial-ShareAlike) 4.0.. Se a imagem tiver nosso crédito, essa licença também se aplica a ela. O que isso significa? Para permissões além do escopo desta licença, entre em contato conosco.
Detectou um erro nesta página? Informe-nos
