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Mulher palestina é detida por soldados de Israel em posto de controle militar

Forças de segurança israelenses prendem Naide Salah, irmã de Raed Salah, líder do Movimento Islâmico Palestina de 1948, além de outras quatro mulheres palestinas, na Mesquita de Al-Aqsa, 28 de janeiro de 2020 [Waqf Islâmico de Jerusalém/Agência Anadolu]
Forças de segurança israelenses prendem Naide Salah, irmã de Raed Salah, líder do Movimento Islâmico Palestina de 1948, além de outras quatro mulheres palestinas, na Mesquita de Al-Aqsa, 28 de janeiro de 2020 [Waqf Islâmico de Jerusalém/Agência Anadolu]

Soldados da ocupação israelense detiveram uma mulher palestina em um posto de controle militar, na Cisjordânia ocupada, na manhã de hoje (16), reportou a rede de notícias Wafa.

A mulher detida é um dos dezesseis palestinos presos na noite de ontem, conforme operação abrangente de Israel nos territórios ocupados, relatou a Sociedade dos Prisioneiros Palestinos (SPP), entidade de direitos humanos com ênfase nos presos políticos da Palestina.

Forças da ocupação israelense no posto de controle de Qalandia, norte de Jerusalém ocupada, abriram fogo para capturar a mulher, ao alegar que ela caminhava em uma via restrita ao movimento de veículos.

Os soldados fecharam o checkpoint imediatamente após a prisão, interrompendo o tráfego por um certo período, antes de reabrí-lo.

Qalandia representa o maior posto de controle israelense nos territórios ocupados, onde cidadãos comuns palestinos são forçados a passar por revistas humilhantes para exercer atividades cotidianas.

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Milhares de palestinos por toda a Cisjordânia têm de atravessar o movimentado posto de controle militar para entrar em Jerusalém ou trabalhar nas cidades israelenses, aguardando horas em fila tanto na ida, quanto na volta.

Grupos de direitos humanos denunciam reiteradamente que as forças da ocupação israelense utilizam força excessiva contra civis palestinos.

A SPP detalhou ainda que soldados israelenses detiveram sete palestinos do distrito de Hebron (Al-Khalil), no sul da Cisjordânia ocupada, incluindo um menino de 16 anos do campo de refugiados de Arroub, outro de 18 anos de Beit Ummar e dois irmãos de Sair.

Os soldados prenderam outros dois palestinos na aldeia de Kubar, no distrito de Ramallah, e seis outros palestinos em diversos bairros de Jerusalém Oriental.

O Exército de Israel executa frequentemente campanhas de prisão por toda a Cisjordânia ocupada, incluindo Jerusalém Oriental, sob pretexto de busca e apreensão de palestinos “procurados”.

Contudo, crianças e jovens em Jerusalém Oriental são as mais atingidas por tais agressões recorrentes, destacou a SPP. Muitos menores de idade enfrentam prisões consecutivas ao menos uma vez por mês, segundo informações.

A Sociedade dos Prisioneiros Palestinos reportou a prisão de mais de 3.000 palestinos pelas forças de Israel apenas no período entre o início de 2020 e o fim de agosto.

LEIA: 95% dos palestinos detidos nas cadeias de Israel sofrem tortura, denuncia ong

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