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Quatro países enfrentam fome aguda, relatam agências da ONU

'O Iêmen já é a pior crise humanitária do mundo e rapidamente caminha à fome', reiterou Mohsin Siddiqui, diretor da Oxfam no país árabe, em coletiva de imprensa [foto de arquivo]
'O Iêmen já é a pior crise humanitária do mundo e rapidamente caminha à fome', reiterou Mohsin Siddiqui, diretor da Oxfam no país árabe, em coletiva de imprensa [foto de arquivo]

Burkina Faso, Nigéria, Sudão do Sul e Iêmen apresentam situação gravíssima, às vésperas da fome, caso as condições piorem ainda mais nos próximos meses, reportou o Programa Alimentar Mundial (PAM) na última sexta-feira (6).

As informações são da agência Anadolu.

Conforme relatório recente divulgado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o PAM voltou a alertar que os quatro países, em particular, enfrentam insegurança alimentar aguda.

“Partes da população nos quatro locais de maior preocupação já vivenciam situação crítica de fome; o relatório alerta que as escaladas nos conflitos, além da redução no acesso humanitário, deverá levar ao risco de fome generalizada”, reiterou o PAM.

A agência da ONU enfatizou que os quatro países não são os únicos em estado de crise: “Outros dezesseis países estão sob grave risco de níveis cada vez maiores de fome aguda”.

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Os países de risco incluem Venezuela, Haiti, Afeganistão, Síria, Líbano, Sudão, Etiópia, Somália, Moçambique, Serra Leoa, Mali, Níger, Camarões, República Centro-Africana, República Democrática do Congo e Zimbábue.

“Níveis de insegurança alimentar aguda atingem hoje novos ápices em todo o mundo, motivados por uma combinação de fatores”, declarou a agência da ONU. “Uma mistura tóxica de conflito, colapso econômico, extremos climáticos e pandemia de covid-19” está levando populações inteiras ao estágio emergencial de insegurança alimentar.

“Estamos em um ponto de inflexão catastrófico. Mais uma vez, enfrentamos o risco da fome generalizada em quatro diferentes regiões do mundo, ao mesmo tempo. Quando declaramos fome, significa que muitas vidas já foram perdidas. Caso quisermos ver para crer, as pessoas já estarão mortas”, destacou Margot van der Velden, diretora de emergência do PAM.

“O objetivo deste relatório sobre os pontos críticos é informar sobre ações urgentes que podem ser tomadas desde já, a fim de evitar maior emergência ou série de emergências, dentro de três a seis meses a partir de hoje”, concluiu o PAM.

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