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Maior onda de demolição israelense na Cisjordânia em anos, denuncia oficial da ONU

Autoridades israelenses realizaram sua maior operação de demolição em anos contra estruturas palestinas na Cisjordânia ocupada

Yvonne Helle, representante do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) nos territórios palestinos, alertou ontem (4) que autoridades israelenses executaram sua maior operação de demolição em anos contra estruturas palestinas, na Cisjordânia ocupada.

“Até então, em 2020, 686 estruturas foram demolidas em toda a Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental, mais do que em qualquer ano completo desde 2016, deixando 869 palestinos desabrigados”, denunciou a oficial da ONU.

Helle destacou que a falta de alvarás emitidos pela ocupação israelense “é tipicamente citada como razão, mesmo embora, devido a um regime de planejamento restritivo e discriminatório, palestinos quase nunca conseguem obter tais licenças.”

As demolições, reiterou, são meios fundamentais de criar um ambiente projetado para coagir os palestinos a deixarem suas casas e terras.

Segundo Helle, as últimas demolições ocorreram na terça-feira (3), no território ocupado do Vale do Jordão, que Israel planeja anexar, em detrimento da lei e resoluções internacionais.

Prosseguiu: “Setenta e três pessoas, incluindo 41 crianças, foram deslocadas quando autoridades israelenses demoliram suas casas e outras estruturas e destruíram seus pertences na comunidade palestina de Humsa Al-B’ai’a. Três quartos da população local ficaram desabrigados, resultando no maior incidente de deslocamento forçado em quatro anos.”

As propriedades destruídas, observou Helle, incluem casas, abrigos para animais, latrinas e painéis de energia solar. “Eram itens essenciais à subsistência, bem-estar e dignidade dos membros da comunidade, cujos direitos foram violados.”

LEIA: Israel demole onze casas palestinas na Cisjordânia ocupada

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