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República Dominicana considera transferir embaixada em Israel a Jerusalém

1 de novembro de 2020, às 10h51

Mulher palestina caminha entre membros das forças de segurança israelenses em frente ao Portão de Damasco, na Cidade Velha de Jerusalém, 29 de outubro de 2020 [Ahmad Gharabli/AFP/Getty Images]

Neste sábado (31), Israel acolheu uma declaração da República Dominicana de que o país caribenho considera transferir sua embaixada de Tel Aviv a Jerusalém, reportou a Reuters.

O Ministério de Relações Exteriores da República Dominicana afirmou em nota, na sexta-feira (30), que avalia a medida a pedidos da comunidade judaica local, ao observar que sua embaixada em Israel permaneceu em Jerusalém até 1980.

O chanceler israelense Gabi Ashkenazi agradeceu sua contraparte dominicana, Roberto Alvarez Gil, pela declaração. “Eu o agradeci durante telefonema ontem, por esta importante decisão e pelos muitos anos de amizade entre os dois países”, alegou Ashkenazi no Twitter.

O anúncio foi divulgado com apenas dois meses de mandato do presidente dominicano Luis Abinader, neto de imigrantes libaneses. Desde sua posse, Abinader reiterou a relação “bastante especial” da República Dominicana com os Estados Unidos, principal parceiro comercial do país.

O anúncio também ocorre apenas alguns dias antes das eleições presidenciais nos Estados Unidos, nas quais o atual presidente republicano Donald Trump enfrenta o candidato democrata Joe Biden.

No fim de 2017, o atual presidente e candidato americano Donald Trump indignou palestinos e muitos líderes mundiais ao reconhecer Jerusalém como capital de Israel e transferir a embaixada dos Estados Unidos no ano seguinte.

Outros países latino-americanos recentemente transferiram suas embaixadas a Jerusalém ou reafirmaram seu compromisso. A Guatemala transferiu sua embaixada logo após os Estados Unidos; Honduras pretende fazê-lo no fim de 2020. O Brasil reflete sobre a medida.

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O status de Jerusalém é um dos pontos mais críticos ao longo das décadas de conflito entre o Estado de Israel e a Palestina ocupada.

Os palestinos reivindicam Jerusalém Oriental, capturada por Israel em 1967, como capital para seu futuro estado. Israel considera toda a cidade, incluindo a área ocupada e anexada ilegalmente, como capital do estado sionista.