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ONU pede inclusão de mulheres nas conversas de paz no Iêmen

Martin Griffiths, enviado especial da ONU para o Iêmen, em Genebra, Suíça, 5 de setembro de 2018 [Fabrice Coffrini/AFP/Getty Images]
Martin Griffiths, enviado especial da ONU para o Iêmen, em Genebra, Suíça, 5 de setembro de 2018 [Fabrice Coffrini/AFP/Getty Images]

Martin Griffiths, enviado especial da ONU para o Iêmen, reivindicou ontem (29) que as partes rivais no Iêmen “incluam as mulheres nas negociações do conflito”.

“O ativismo das mulheres iemenitas, seus esforços persistentes e as iniciativas para acabar a guerra concedem esperança e inspiração”, declarou Griffiths, ao observar que seu gabinete continua a engajar-se com as partes “para representar todos os iemenitas e incluir mulheres em suas delegações e preocupações de gênero em suas deliberações”.

O oficial da ONU destacou que a participação das mulheres nas conversas de paz e segurança poderá ajudar a construir uma “paz sustentável no Iêmen”.

Prosseguiu: “A participação significativa de mulheres em todos os processos e a inclusão de mulheres com conhecimento e expertise relevantes para iniciar, influenciar e promover a tomada de decisões, em todos os níveis, é essencial para construir uma paz sustentável”.

Griffiths destacou que a ONU está “pronta para apoiar todos os esforços conjuntos com objetivo de integrar uma perspectiva de gênero a um cessar-fogo nacional e à solução política.”

“Como agentes do processo de paz no Iêmen, estamos comprometidos em continuar a melhorar ainda mais nosso trabalho, ao implementar a agenda de Mulheres, Paz e Segurança (MPS)”, enfatizou Griffiths.

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O Iêmen, país mais pobre do Oriente Médio, permanece em estado de guerra civil desde 2014, quando rebeldes houthis tomaram grande parte do território nacional, incluindo a capital Sanaa.

Em 2015, Arábia Saudita e seus aliados árabes lançaram uma campanha aérea de larga escala contra o Iêmen, a fim de reverter os ganhos militares dos houthis e restituir o governo de seu aliado, então no exílio.

Segundo o Projeto de Localização de Conflitos Armados e Dados de Eventos (ACLED), mais de 100.000 pessoas foram mortas durante a guerra, à medida que 11% da população do país foi deslocada à força.

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