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Ex-Primeiro Ministro da Malásia define acordo de normalização entre EAU e Israel como “divisivo”

O primeiro-ministro da Malásia, Mahathir Mohamad (D), cumprimenta o líder palestino Yasser Arafat, em visita no dia 25 de agosto de 2001 em Kuala Lumpur. [Getty Images]
O primeiro-ministro da Malásia, Mahathir Mohamad (D), cumprimenta o líder palestino Yasser Arafat, em visita no dia 25 de agosto de 2001 em Kuala Lumpur. [Getty Images]

O ex-primeiro-ministro da Malásia, Mahathir Mohamad, criticou o acordo de normalização concluído entre os Emirados Árabes Unidos e Israel, descrevendo-o como um “retrocesso”.

Em comentários ao jornal This Week in Asia, Mohamad disse: “O acordo vai dividir o mundo islâmico em facções beligerantes, conflito no qual os israelenses serão capazes de colocar lenha na fogueira.”

“O acordo aumentará a capacidade das partes beligerantes de lutarem entre si e não haverá paz nem mesmo entre os países islâmicos”, disse ele, explicando que o acordo fortaleceria a alegação israelense de que a Palestina é propriedade de Israel.

Mohamad destacou que os palestinos e simpatizantes dos palestinos vão reagir ao acordo que significa prolongar a guerra no Oriente Médio.

Em 13 de agosto, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou um acordo de paz entre os EAU e Israel, mediado por Washington.

Abu Dhabi disse que o acordo foi um esforço para evitar o plano de anexação de Tel Aviv na Cisjordânia ocupada, no entanto, os oponentes acreditam que os esforços de normalização estão iminentes há muitos anos, já que autoridades israelenses fizeram visitas oficiais aos EAU e participaram de conferências no país que não tinha laços diplomáticos ou outros com o estado de ocupação.

LEIA: Novos segredos sobre retirada israelense da Cisjordânia, que jamais se materializou

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