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Soldados de Israel são presos por contrabando de armas a palestinos

Forças da ocupação israelense desmantelam uma tenda instalada pelo palestino Yusuf Abu Aram, após sua casa ser demolida na aldeia de Khirbet Qawasis, nas colinas de Hebron do Sul, em 3 de setembro de 2018 [Twitter]
Forças da ocupação israelense desmantelam uma tenda instalada pelo palestino Yusuf Abu Aram, após sua casa ser demolida na aldeia de Khirbet Qawasis, nas colinas de Hebron do Sul, em 3 de setembro de 2018 [Twitter]

Quatro Soldados israelenses foram detidos ontem (27) sobre suspeita de trabalhar com contrabandistas palestinos, segundo informações da emissora israelense Channel 12.

Os suspeitos, antes estacionados em um posto de controle militar localizado nas colinas de Hebron, região ocupada ao sul de Jerusalém, supostamente colaboraram com caminhoneiros palestinos para contrabandear mercadorias, veículos roubados e armas à Cisjordânia.

“Pouco após lançar a investigação, identificamos um fenômeno perigoso envolvendo equipes de segurança responsáveis por manter a segurança pública”, declarou Dudi Hayun, vice-chefe de gabinete do governo israelense.

Prosseguiu: “Esta operação é uma das muitas operações executadas pela polícia e pelas forças de segurança para tentar minimizar a entrada do crime em Israel, a partir da Judeia e Samaria [Cisjordânia ocupada] e vice-versa”.

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Esta investigação à paisana começou há meses, após surgirem suspeitas de que soldados israelenses em exercício permitiam que veículos roubados de Israel e caminhões palestinos contrabandeassem armas e mercadorias, em transações no valor de dezenas de milhares de shekels (moeda israelense).

Segundo a rede World Israel News, durante busca nas residências dos suspeitos, forças israelenses confiscaram 160.000 shekels em dinheiro (equivalente a US$46.900), além de dois trailers, computadores, armas e munição.

A investigação resultou na prisão de dez suspeitos, incluindo quatro residentes do sul de Israel, dois palestinos e quatro soldados da ocupação que estavam posicionados na travessia de fronteira. Todos passam agora por interrogatórios; posteriormente, serão levados à corte para audiência.

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