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ONU não consegue reunir Quarteto para debater anexação israelense da Cisjordânia

Secretário-Geral da ONU António Guterres participa do Fórum Econômico Internacional em São Petersburgo, Rússia, 6 de junho de 2019 [Sefa Karacan/Agência Anadolu]
Secretário-Geral da ONU António Guterres participa do Fórum Econômico Internacional em São Petersburgo, Rússia, 6 de junho de 2019 [Sefa Karacan/Agência Anadolu]

O Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) António Guterres anunciou que a entidade não foi capaz de reunir o chamado Quarteto do Oriente Médio – composto por Estados Unidos, União Europeia, Rússia e ONU –, com o objetivo de discutir o plano israelense de anexar grandes partes da Cisjordânia ocupada.

As informações são da rede Quds Press, divulgadas nesta sexta-feira (26).

Em coletiva de imprensa virtual, realizada a partir da sede da ONU, em Nova Iorque, Guterres confirmou: “Estou trabalhando com o Coordenador [de Paz para o Oriente Médio] Nickolay Mladenov para criar uma atmosfera propícia para reunir o Quarteto sem pré-condições.”

Prosseguiu: “Atualmente, não somos capazes de criar esta atmosfera. Entretanto, creio que o diálogo é a única forma de avançar nesta matéria.”

Guterres reiterou seus apelos para que Israel abandone os planos de anexação da Cisjordânia.

Na quarta-feira (24), durante encontro virtual do Conselho de Segurança da ONU, Guterres declarou: “Estamos em um momento divisor de águas”.

“Caso implementada, a anexação representará uma grave violação da lei internacional, além de ferir severamente o prospecto de dois estados e deteriorar ainda mais a possibilidade de retomar negociações. Peço ao governo israelense que abandone seus planos de anexação.”

De sua parte, Mladenov alegou ao Conselho de Segurança que todos os lados devem fazer sua parte nas próximas semanas e nos próximos meses, a fim de preservar o consenso de dois estados, conforme parâmetros acordados internacionalmente, a lei internacional e resoluções da ONU.

“Tais esforços devem começar imediatamente”, enfatizou Mladenov. “Não há tempo a perder.”

E acrescentou: “O destino dos povos palestino e israelense não deve ser determinado por ações destrutivas unilaterais que concretizam divisões e afastam a possibilidade de paz para além de nosso tempo de vida.”

LEIA: A anexação ainda é inadmissível, mesmo por Israel

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