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Milhares protestam em Israel contra o plano de anexação de Netanyahu

Netanyahu definiu o dia 1º de julho como a data prevista para começar a avançar seu plano de anexar os assentamentos de Israel e o vale do Jordão

Milhares de israelenses protestaram no sábado contra o plano do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de estender a soberania sobre partes da Cisjordânia ocupada, anexação de fato à terra que os palestinos buscam por um estado, informou a Reuters.

 

Protestando com máscaras faciais e mantendo distância um do outro sob novas restrições de coronavírus, os manifestantes se reuniram sob a bandeira “não à anexação, não à ocupação, sim à paz e à democracia”.

Os palestinos querem um estado independente na Cisjordânia, no leste de Jerusalém e na Faixa de Gaza, territórios que Israel capturou em uma guerra de 1967 no Oriente Médio.

Um fotógrafo da Reuters e a mídia israelense estimaram que os manifestantes reunidos na praça Rabin de Tel Aviv eram de alguns milhares. Uma pesquisa publicada esta semana descobriu que cerca de metade de todos os israelenses apóiam a anexação.

Netanyahu definiu o dia 1º de julho como a data prevista para começar a adiantar seu plano de anexar os assentamentos de Israel e o Vale do Jordão, na Cisjordânia, na esperança de um sinal verde de Washington.

Os organizadores exibiram um vídeo do senador democrata dos EUA, Bernie Sanders, que disse:

Nunca foi tão importante defender a justiça e lutar pelo futuro que todos merecemos … Cabe a todos nos defendermos de líderes autoritários e construir um futuro pacífico para todos os palestinos e israelenses.

O presidente dos EUA, Donald Trump, lançou  em janeiro um plano de paz que inclui Israel mantendo seus assentamentos e os palestinos estabelecendo um estado sob condições rigorosas.

Netanyahu disse repetidamente que planeja avançar anexando unilateralmente essas áreas a partir do próximo mês, embora os EUA tenham dito para ele “desacelerar o processo”.

Os palestinos rejeitaram a proposta e manifestaram indignação contra a anexação proposta por Israel.

Sob alerta de possível violência e repercussão diplomática, alguns países europeus e árabes, juntamente com as Nações Unidas, instaram Israel a se afastar do plano de anexar seus assentamentos, considerados por muitos países como ilegais.

Alguns comentaristas disseram que o governo Trump, dominado pela crise do coronavírus e por uma onda de protestos nacionais contra abusos policiais, não estava procurando despertar mais instabilidade, com o avala a Israel para anexação.

LEIA: Normalizar laços com Israel é a ‘nova Naksa palestina’, diz Hamas

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