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Estados Unidos devem pressionar o TPI para cessar investigações sobre os crimes de Israel

Secretário de Estado dos Estados Unidos Mike Pompeo (à esquerda) realiza coletiva de imprensa conjunta com o Primeiro-Ministro de Israel Benjamin Netanyahu, em viagem oficial durante a pandemia de coronavírus, em Jerusalém ocupada, 13 de maio de 2020 [Kobi Gideon/GPO/Agência Anadolu]
Secretário de Estado dos Estados Unidos Mike Pompeo (à esquerda) realiza coletiva de imprensa conjunta com o Primeiro-Ministro de Israel Benjamin Netanyahu, em viagem oficial durante a pandemia de coronavírus, em Jerusalém ocupada, 13 de maio de 2020 [Kobi Gideon/GPO/Agência Anadolu]

O Secretário de Estado dos Estados Unidos Mike Pompeo declarou ontem (1°) que o governo do presidente americano Donald Trump emitirá uma série de anúncios contra o Tribunal Penal Internacional (TPI) “nos próximos dias”, segundo o jornal Times of Israel.

“Penso que o TPI e o mundo verão que estamos determinados a impedir que americanos e nossos amigos e aliados em Israel e em todo lugar sejam arrastados por este tribunal corrupto”, relatou Pompeo durante podcast do think tank de direita American Enterprise Institute.

“Não quero adiantar os anúncios que faremos nos próximos dias, mas vocês verão”, reiterou o oficial americano.

O TPI em Haia debate atualmente a possibilidade de abrir inquéritos criminais distintos sobre a “situação no Afeganistão”, que pode levar tropas do Reino Unido e Estados Unidos a responder por crimes de guerra.

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Em dezembro, a promotoria do TPI concluiu um exame preliminar de cinco anos sobre a “situação no estado da Palestina”, inferindo que há base razoável para crer que crimes de guerra foram e são cometidos na Cisjordânia ocupada.

Entretanto, Pompeo contesta e tenta interromper veementemente todos os esforços do TPI para investigar casos nos quais estejam envolvidos americanos ou israelenses.

Em maio, o Secretário de Estado americano voltou a condenar a corte, ao insistir que esta não possui jurisdição para analisar eventuais crimes israelenses contra os palestinos em Gaza e Cisjordânia.

Pompeo alegou que a investigação é “ilegítima” pois a Palestina não é um estado soberano, de modo que supostamente não seja qualificada  para registrar reclamações ao TPI sobre as violações e crimes cotidianamente cometidos pela ocupação israelense.

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