Portuguese / English

Middle East Near You

Forças do regime de Assad e aliados russos matam 387 civis em Idlib, na Síria

Profissionais de defesa civil executam operações de resgate nos escombros de um edifício destruído por ataques russos em Maarrat Misrin, na província de Idlib, Síria, 5 de março de 2020 [Adnan Imam/Agência Anadolu]

O regime sírio e seus aliados mataram centenas de civis em Idlib, noroeste da Síria, apenas no período entre os dois recentes acordos de cessar-fogo, entre 12 de janeiro e 6 de março deste ano, assinados respectivamente em Ancara e Moscou, segundo grupos de monitoramento de direitos humanos da região. As informações são da Agência Anadolu.

A Rede Síria para Direitos Humanos (SNHR) relatou que a agressão conduzida por forças do regime do Presidente Bashar al-Assad, com apoio de grupos terroristas estrangeiros ligados ao Irã e artilharia russa, resultou em 387 mortes civis.

Forças do regime são responsáveis por 174 civis mortos; ataques da Rússia resultaram em 213 mortes. Dentre as vítimas, 104 eram crianças e 62 mulheres.

Turquia e Rússia concordaram com um cessar-fogo em 12 de janeiro deste ano. Entretanto, o regime de Assad e seus aliados desafiaram o armistício e mantiveram uma onda incessante de ataques sobre a província síria.

Em seguida, os presidentes da Rússia e Turquia voltaram a reunir-se em Moscou, em 5 de março, para chegar a um novo acordo posto em ação a partir do dia seguinte. Embora partes do acordo mantenham-se vigentes, forças do regime voltaram a violá-lo em diversos pontos.

Forças de Asad avançam em Idlib [cartum/Arabi21]

Após negociações em Astana em 2017, Turquia, Rússia e Irã concordaram em transformar Idlib e outras três regiões sírias em “zonas de desescalada”, onde atos de agressão são expressamente proibidos.

Entretanto, forças militares de Assad e grupos terroristas estrangeiros ligados ao Irã capturaram três destas regiões com apoio aéreo da Rússia. Idlib tornou-se o próximo alvo.

Forças do regime intensificaram seu avanço militar em setembro de 2018, o que pavimentou o caminho para o chamado acordo de Sochi, assinado entre Turquia e Rússia, no mesmo mês.

Mais tarde, em maio de 2019, o regime sírio – após suspender brevemente as agressões – lançou uma nova ofensiva militar para capturar as regiões sul e sudeste de Idlib, áreas rurais ao norte e leste de Hama e diversos povoados ao sul e oeste da zona rural de Aleppo.

Desde o acordo de Sochi, o regime e seus aliados mataram mais de 1.800 civis. Seus ataques resultaram em quase dois milhões de pessoas deslocadas desde o início de 2019.

LEIA: Defesa do Irã promete aumento da capacidade destrutiva dos mísseis

Categorias
Europa & RússiaNotíciaOriente MédioRússiaSíria
Show Comments
Palestina: quatro mil anos de história
Show Comments