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Após tiroteio em base militar, estagiários sauditas serão expulsos dos Estados Unidos

Estação aeronaval de Pensacola, Flórida, Estados Unidos [Twitter]

Os Estados Unidos deportarão mais de uma dúzia de oficiais militares sauditas em treinamento nas bases militares americanas, após um ataque a tiros executado no início de dezembro na base aeronaval de Pensacola, Flórida, por um oficial da Força Aérea Saudita, que resultou na morte de três oficiais da marinha americana e outros oito feridos.

Um investigação do Pentágono revelou que os militares em treinamento não auxiliaram o atirador Mohammed Al-Shamrani. Entretanto, concluiu que os oficiais possuem relações com células extremistas, além de materiais de pornografia infantil.

“Diante da tragédia em Pensacola, o Departamento de Defesa restringiu o acesso de estudantes militares em intercâmbio da Arábia Saudita às salas de aula enquanto é conduzida uma investigação sobre o caso, a fim de melhorar os procedimentos de seleção dos estudantes.”

“A pausa no treinamento ainda está em vigor enquanto implementamos novas medidas de segurança e seleção,” declarou o Tenente-Coronel Robert Carver, porta-voz do Departamento de Defesa, à CNN.

Segundo um oficial americano, espera-se que o Departamento de Justiça dos Estados Unidos conclua a investigação sobre o ataque em Pensacola ao lhe atribuir o caráter de atentado terrorista.

Al-Shamrani estava armado com uma pistola Glock 9mm legalmente adquirida e supostamente compartilhou um manifesto em sua página do Twitter ante de executar o ataque. Segundo o atirador, os Estados Unidos seriam então “uma nação do mal”.

Diante do ataque, o Senador Rick Scott, da Flórida, exigiu revisão plena dos programas militares americanos para treinamento de oficiais estrangeiros em solo nacional. “Não deveríamos estar fornecendo treinamento militar àqueles que desejam nos ferir,” escreveu Scott em sua página do Twitter.

Cerca de 5.000 militares estrangeiros estão hoje em treinamento no território dos Estados Unidos, incluindo aproximadamente 850 militares da Arábia Saudita.

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