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Déficit da UNRWA cai de 167 para 77 milhões de dólares

Palestinos se reúnem no prédio da Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina (UNRWA) durante uma manifestação exigindo a extensão do mandato da agência. [Mustafa Hassona - Agência Anadolu]

Depois de doações generosas feitas nas últimas três semanas, o déficit da Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina (UNRWA) foi reduzido de US $ 167 milhões para US $ 77 milhões, conforme um comunicado da organização.

A UNRWA garantiu US $ 167 milhões para continuar seus serviços, incluindo o pagamento dos salários de seus funcionários até o final do ano, informou o comunicado.

É o mínimo necessário, explicou, acrescentando que os serviços de refugiados precisam de mais recursos.

“Graças aos esforços intensificados realizados nas últimas três semanas, o déficit foi reduzido com as doações feitas por mais de 20 países e parceiros”, afirmou a agência em seu comunicado.

“A soma inclui montantes transferidos de países que congelaram suas doações para 2019 por iniciativa de uma investigação supervisionada pelo Escritório de Serviços de Supervisão Interna da ONU”, acrescentou o informe.

Em novembro, Christian Saunders, comissário interino da UNRWA, disse: “Hoje e imediatamente precisamos de um total de US $ 167 milhões para fornecer o mínimo necessário de nossos serviços, sem o qual não podemos sobreviver”.

Saunders acrescentou que o déficit fiscal acumulado da agência é de US$ 322 milhões, necessários para operar seus programas e atividades.

Fundada em 1949, a UNRWA fornece ajuda crítica aos refugiados palestinos na Faixa de Gaza, na Cisjordânia ocupada por Israel, na Jordânia, no Líbano e na Síria.

No ano passado, o Departamento de Estado dos EUA disse que Washington “não mais se comprometeria com financiamento” para a UNRWA.

Os EUA eram de longe o maior colaborador da UNRWA, fornecendo US$ 350 milhões por ano – aproximadamente um quarto do orçamento geral da agência.

Isso aconteceu um mês depois que veio à luz um relatório secreto americano, no qual contabilizava apenas 40.000 refugiados palestinos, considerando apenas os palestinos que deixaram sua terra natal em 1948 e continuam vivos hoje e não seus descendentes.

O conselheiro sênior e genro do presidente dos EUA, Donald Trump, Jared Kushner, teria tentado pressionar a Jordânia a retirar mais de dois milhões de palestinos do status de refugiados, em uma medida que visa encerrar o trabalho das Nações Unidas para os refugiados da Palestina, através da UNRWA.

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