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Israel planeja expandir assentamentos em área crítica da Cisjordânia

Assentamento ilegal de Ma’ale Adumim, na Cisjordânia, em 31 de outubro de 2019 [Wikicommons]

Naftali Bennett, Ministro da Defesa de Israel, aprovou um plano de construção de um novo assentamento na cidade de Hebron (Al-Khalil), ponto crítico da Cisjordânia, relatou a Agência Anadolu.

Em declaração, o gabinete de Bennett afirmou que o próprio ministro ordenou aos escritórios relevantes dentro do ministério que “informem a prefeitura de Hebron sobre o início dos planos para construção de um novo bairro”, próximo ao mercado histórico da cidade.

A declaração também observa que o novo assentamento a ser construído na cidade ocupada de Hebron (Al-Khalil) criará uma “continuidade territorial judaica” entre o bloco colonial de Avraham Avinu e a Mesquita Abraâmica (Túmulo do Patriarcas).

“Os prédios do mercado municipal serão demolidos e novas lojas serão construídas em seu lugar,” reiterou o ministério.

O mercado municipal fica na região da cidade velha de Hebron e está perto da Mesquita Abraâmica, local onde ocorreu o massacre executado pelo colono fundamentalista judeu Baruch Goldstein, em 1994, que resultou na morte de 29 fiéis palestinos.

Hebron (Al-Khalil) é lar de aproximadamente 160.000 palestinos e 500 colonos judeus. Os colonos vivem em uma série de enclaves exclusivamente judaicos sob proteção armada de tropas oficiais israelenses.

Os planos de construção do novo assentamento foram anunciados apenas poucas semanas depois de Mike Pompeo, Secretário de Estado dos Estados Unidos, afirmar que os assentamentos israelenses na Cisjordânia ocupada já não seriam mais vistos como ilegais “por definição”.

Aproximadamente 650.000 judeus israelenses vivem atualmente em mais de cem assentamentos construídos desde 1967, quando Israel passou a ocupar a Cisjordânia e Jerusalém Oriental.

Os palestinos insistem em reconquistar todo o território da Cisjordânia e Faixa de Gaza, com o objetivo de estabelecer um futuro estado da Palestina.

Leis e convenções internacionais definem tanto a Cisjordânia quanto Jerusalém Oriental como territórios ocupados e consideram toda a atividade de construção de assentamentos judaicos israelenses na região como terminantemente ilegal.

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