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Vida em Issawiya é atormentada por operações de Israel, diz ONU

Soldados israelenses vigiam um posto de controle na cidade de Hebron, na Cisjordânia, em 16 de junho de 2014. [Mamoun Wazwaz/Apaimages]

As operações das forças de ocupação israelense em Issawiya desde junho “interromperam gravemente” o cotidiano de mais de 18.000 palestinos, segundo uma agência das Nações Unidas.

Em seu relatório, a UNOCHA disse que os confrontos entre moradores locais e forças israelenses deixaram um palestino morto e pelo menos 137 feridos, a partir de 21 de agosto, enquanto quatro policiais israelenses ficaram feridos no mesmo período.

As autoridades israelenses alegaram que as operações policiais constituem “atividade regular de aplicação da lei”, em resposta ao arremesso de pedras por residentes em veículos israelenses. A UNOCHA observou que três desses incidentes resultaram em danos ou ferimentos durante o primeiro semestre de 2019.

Enquanto isso, “as organizações de direitos humanos levantaram preocupações de que, devido ao objetivo, intensidade e modalidade dessas operações, elas podem resultar em punição coletiva”.

As forças israelenses adotaram várias táticas em Issawiya, incluindo postos de controle ad-hoc “onde a maioria dos veículos é parada e revistada, resultando em longas filas e atrasos”. Muitas dessas buscas de carro “terminam na emissão de multas, geralmente por infrações menores”.

Durante esse período, informou a UNOCHA, 218 moradores foram presos, incluindo 53 crianças, embora os relatórios locais tenham colocado o número total em mais de 300.

Entre os detidos, segundo a agência da ONU, estavam crianças de até cinco anos de idade.

As crianças que crescem em Issawiya “enfrentam vários problemas e riscos”, disse a UNOCHA, incluindo “encontros frequentes” com as forças de ocupação israelenses, “que podem resultar em prisão”.

Desde o início de 2019, pelo menos 92 crianças de Issawiya foram detidas, um número que constitui 41% de todas as detenções de crianças registradas na Jerusalém Oriental ocupada.

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