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Washington indica novo embaixador para a Turquia após dois anos

David Satterfield, embaixador dos Estados Unidos na Turquia, em evento na Alemanha, 13 de julho de 2015 [Heinrich-Böll-Stiftung/Wikipedia]

O Senado americano nomeou o novo embaixador do país para a Turquia, conforme anunciado nesta sexta-feira pela embaixada na capital turca Ancara.

“Temos notícias empolgantes!” compartilhou a embaixada em sua conta no Twitter. “Na noite passada, o Senado dos Estados Unidos confirmou o Embaixador David Satterfield como próximo embaixador americano à Turquia. Estamos ansiosos para acolhê-lo em um futuro próximo. Permaneça ligado!”

Satterfield, diplomata veterano com duas décadas de serviço, serviu em diversas funções no Oriente Médio e foi escolhido por sua ampla experiência na região e por ser fluente em quatro outros idiomas além do inglês: árabe, francês, italiano e hebraico.

De 2006 a 2009, Satterfield serviu como Coordenador para o Iraque e Conselheiro Sênior do Secretário de Estado americano; Conselheiro Especial para o Secretário de Estado para a Líbia, no ano de 2014; e Assistente Interino do Secretário de Estado para Assuntos no Oriente Próximo, desde 2017. Seu currículo inclui também posições de chefia em missões americanas na Síria, Arábia Saudita, Egito e Líbano.

O posto de embaixador americano para a Turquia esteve vago por quase dois anos desde que antecessor John Bass deixou seu cargo devido a uma crise na emissão de vistos entre Washington e Ancara. John Bass agora serve como enviado americano no Afeganistão.

A nova indicação ocorre em um contexto de tensão e declínio nas relações entre Turquia e Estados Unidos, em conflito referente a interesses regionais e questões de política internacional. Os Estados Unidos recentemente ameaçaram a Turquia com sanções devido à iniciativa turca de adquirir um sistema de defesa de mísseis S-400, vendido pela Rússia. Segundo Washington, o sistema de mísseis comprometerá a segurança da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), além de ser tecnologicamente incompatível com os jatos de combate F-35, adquiridos dos Estados Unidos.

Outro problema é a perfuração de gás natural no Mediterrâneo Oriental por iniciativas turcas, no litoral de Chipre. Um novo sistema de tubulação deverá ser construído após o fechamento de um acordo no valor de US$ 9 bilhões entre Chipre, Grécia e Israel, assinado no início de junho.

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