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Direitista descendente de palestinos é eleito presidente de Honduras com apoio de Trump

27 de dezembro de 2025, às 10h05

Os membros do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Ana Paola Hall (presidente), Cossette Lopez-Osorio e Carlos Cardona (membro suplente do conselho, representando Marlon Ochoa), leram virtualmente a declaração presidencial das eleições realizadas em 30 de novembro, em Tegucigalpa, Honduras, em 24 de dezembro de 2025. Após 24 dias, o CNE anunciou ao povo hondurenho que o candidato do Partido Nacional, Nasry Juan Asfura Zablah, mais conhecido como Papi a la orden, é o novo presidente de Honduras. [Emilio Flores – Agência Anadolu]

As autoridades eleitorais de Honduras anunciaram a vitória de Nasry Asfura, candidato de direita apoiado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, na eleição presidencial, após semanas de atraso na contagem dos votos.

A presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Ana Paola Hall, declarou que o conselho “anuncia a vitória de Nasry Juan Asfura Zablah para um mandato presidencial de quatro anos, com início em 27 de janeiro de 2026 e término em 27 de janeiro de 2030”.

Asfura, de 67 anos, filho de imigrantes palestinos, derrotou Salvador Nasralla, que havia solicitado uma recontagem completa dos votos devido a alegações de irregularidades.

Trump havia declarado anteriormente seu apoio ao candidato conhecido como Tito Asfura na corrida presidencial hondurenha. Ele afirmou que os dois poderiam trabalhar juntos contra os “narcotraficantes comunistas” na região.

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Semanas antes, Trump escreveu em sua plataforma Truth Social que “O único verdadeiro amigo da Liberdade em Honduras é Tito Asfura”.

O presidente americano acrescentou: “Tito e eu podemos trabalhar juntos para combater os narcocomunistas e levar a ajuda necessária ao povo de Honduras”.

Asfura nasceu de pais palestinos que migraram para a América Central durante o conflito árabe-israelense na década de 1940.

Ele estudou engenharia civil, mas abandonou a universidade antes de concluir o curso, construindo posteriormente uma carreira no setor da construção civil antes de ingressar na vida pública na década de 1990.

Honduras é considerado um dos países mais violentos da América Latina, principalmente devido às gangues envolvidas com o narcotráfico e o crime organizado.

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