O primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, aproveitou a deixa do presidente francês Emmanuel Macron e anunciou, nesta sexta-feira (25), planos para reconhecer o Estado da Palestina nas Nações Unidas.
Em postagem na rede social X (Twitter), afirmou Carney: “O Canadá apoia uma solução de dois Estados, que garanta paz e segurança a palestinos e israelenses. Trabalharemos intensamente em todos os fóruns para tanto, incluindo via participação do ministro de Relações Exteriores na Conferência da ONU, na próxima semana”.
O premiê condenou ainda o fracasso do governo israelense em impedir a deterioração das condições humanitárias em Gaza.
Nesta quinta-feira (24), Macron sugeriu uma ruptura com prevaricação ocidental sobre a matéria, ao declarar intenções de reconhecer a Palestina durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, em setembro.
Macron confirmou sua promessa em carta emitida à Autoridade Palestina, radicada em Ramallah, ao mencionar “verdade, clareza e compromisso”.
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As declarações de Macron sucedem uma votação do parlamento de Israel (Knesset) de uma moção para reivindicar do governo anexação ilegal da Cisjordânia.
Os regimes em Tel Aviv e Washington rapidamente condenaram Paris, contrariamente aos aliados europeus na Irlanda e Espanha, que anteciparam Macron em reconhecer a Palestina, no último ano, no contexto da crise em Gaza.
Israel ignora apelos internacionais ao manter ataques e cerco ao enclave costeiro, com mais de 59 mil mortos e dois milhões de desabrigados sob catástrofe de fome.
O Estado israelense é ainda réu por genocídio no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia, sob denúncia sul-africana deferida em janeiro de 2024.
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