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Maior sindicato da Tunísia ameaça greve do setor público

Ato em frente à União Geral dos Trabalhadores da Tunísia (UGTT) pede aumento nos salários e melhora nas condições sociais do país, em Túnis, 16 de junho de 2022 [Yassine Gaidi/Agência Anadolu]

A União Geral dos Trabalhadores da Tunísia (UGTT) – maior entidade sindical do país norte-africano – planeja convocar uma greve do setor público para pedir melhoras nos benefícios sociais, confirmou nesta quinta-feira (4) seu secretário-geral Noureddine Tabboubi.

Segundo Tabboubi, no entanto, a greve não tem data marcada.

“Após a última paralisação em 16 de junho, ninguém quis nos ouvir”, lamentou Tabboubi, ao reiterar disposição ao diálogo. “O governo não agiu para reagir à carestia e falta de remédios. Portanto, deve assumir plena responsabilidade sobre a matéria”.

Autoridades tunisianas não comentaram as declarações de Tabboubi até então.

LEIA: Tunísia emite mandado de prisão contra ex-ministro

A Tunísia sofre uma crise econômica há anos, agravada pela pandemia de covid-19 e pela invasão russa na Ucrânia.

O país é tomado também por uma persistente crise política, desde 25 de julho de 2021 – quando o presidente Kais Saied exonerou o governo, dissolveu o parlamento e partes do judiciário e passou a governar por decreto.

Um ano depois, Saied realizou um referendo para instituir uma constituição de autoria própria, favorável a seus poderes. A população se absteve em massa do pleito; contudo, deferido pelas regras de Saied. Críticos denunciam golpe de estado.

Opositores advertem para um retorno da autocracia, a despeito das conquistas democráticas e populares da revolução de 2011, que depôs o longevo presidente Zine el Abidine Ben Ali.

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