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EUA planejam construir complexo diplomático em terras palestinas de Jerusalém, alerta ong

Os Estados Unidos planejam construir um complexo diplomático em uma propriedade privada confiscada de cidadãos palestinos na área ocupada de Jerusalém Oriental, alertou no domingo (10) o Centro Legal para os Direitos da Minoria Árabe em Israel (Adalah).

As informações são da agência de notícias Anadolu.

Em comunicado, a ong de direitos humanos reportou ter encontrado evidências de que as terras prometidas ao complexo diplomático, sob um plano colaborativo israelo-americano, pertencem a refugiados e expatriados palestinos.

“O terreno onde será erguido o novo complexo diplomático dos Estados Unidos está registrado em nome do Estado de Israel, mas foi apreendido ilegalmente de refugiados palestinos, através da Lei de Propriedade Ausente, outorgada por Israel em 1950”, declarou o Adalah.

A Lei de Propriedade Ausente é uma das ordenações discriminatórias impostas pela ocupação sionista para expropriar terras e estruturas palestinas e concedê-las a colonos estrangeiros. O texto prevê apreensão de posses supostamente abandonadas pelos palestinos, sobretudo em fuga devido à Nakba em curso — isto é, o processo de limpeza étnica desde 1948.

Ao destacar a iminente visita do Presidente dos Estados Unidos Joe Biden à região, o Adalah constatou que os descendentes dos proprietários originais, incluindo cidadãos americanos e residentes palestinos, demandam a “imediata revogação do plano”.

“Caso construído, o complexo diplomático será situado em terras expropriadas dos palestinos em franca violação da lei internacional”, concluiu a nota.

Biden deve chegar a Israel em 13 de julho, como parte de uma turnê que inclui a Arábia Saudita e a cidade de Ramallah, na Cisjordânia ocupada.

LEIA: A Nakba de Sheikh Jarrah: Como Israel usa a ‘lei’ para limpeza étnica de Jerusalém

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