![Manifestantes exibem cartaz com o rosto marcado do Presidente do Egito Abdel Fattah el-Sisi, durante protesto contra ameaça de intervenção na Líbia, na Praça dos Mártires, em Trípoli, capital do país, 21 de junho de 2020 [Hazem Turkia/Agência Anadolu]](https://i0.wp.com/www.monitordooriente.com/wp-content/uploads/2020/06/20200621_2_43081663_56126393.jpg?resize=1200%2C760&quality=75&strip=all&ssl=1)
O Ministério da Defesa do Governo de União Nacional da Líbia, com sede em Trípoli, afirmou que manterá avanços para recapturar a cidade oriental de Sirte, ainda sob domínio do general renegado Khalifa Haftar, apesar de ameaças do Presidente do Egito Abdel Fattah el-Sisi de que a cidade representa uma “linha vermelha” para seu país.
“Nenhuma linha vermelha será capaz de interromper o progresso de nossas forças em direção a Sirte”, afirmou Salah Al-Din Al-Namroush, subsecretário do Ministério da Defesa da Líbia, em entrevista publicada ontem (25) pela agência Anadolu.
Namroush destacou que o objetivo do Governo de União Nacional é derrotar as milícias do chamado Exército Nacional da Líbia, de Haftar, e assumir controle sobre toda a cidade de Sirte, localizada a 450 km a leste da capital.
Prosseguiu: “As forças do Governo de União Nacional batem às portas de Sirte e o processo de liberação não foi postergado. Nossas forças estão realizando preparações nos subúrbios da cidade.”
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“Somos um governo que busca reconciliar e alcançar uma solução política, a fim de evitar derramamento de sangue. Entretanto, o agressor não respeitou nenhum dos acordos prévios e todas as tentativas de estabelecer um cessar-fogo fracassaram. Insistimos no caminho político e militar”, enfatizou Namroush.
Questionado sobre a “declaração do Cairo”, proposta por Sisi após sucessivas derrotas do aliado Haftar, o oficial líbio afirmou: “Não temos nenhum comentário sobre isso. Estamos abertos a sugestões e temos boas relações com todos os países que não intervieram em nossos assuntos internos ou violaram a soberania líbia”.
Namroush acusou os Emirados Árabes Unidos de interferir nos assuntos líbios e fornecer apoio militar às forças de Haftar, e condenou o uso de mercenários provenientes da Rússia nas ofensivas do Exército Nacional da Líbia.
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