Um tribunal israelense cancelou a sessão de audiência do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, marcada para quarta-feira, em seu julgamento por corrupção, devido a “motivos de segurança”, informa a Anadolu.
Segundo o jornal Yedioth Ahronoth, na segunda-feira, os juízes aprovaram o pedido de Netanyahu para cancelar a sessão, alegando que “há uma questão de segurança na quarta-feira”.
A decisão foi tomada depois que Netanyahu entregou um envelope contendo “informações confidenciais” ao Ministério Público, acrescentou o jornal.
Netanyahu compareceu ao tribunal na segunda-feira para responder às acusações do Caso 1000, no qual ele e sua família são acusados de receber presentes caros de empresários ricos em troca de favores políticos.
O premiê também é acusado no Caso 2000 de negociar com o editor do Yedioth Ahronoth, Arnon Mozes, para obter cobertura midiática favorável e, no Caso 4000, de conceder benefícios regulatórios ao executivo de telecomunicações e proprietário do Walla News, Shaul Elovitch, em troca de reportagens positivas.
O presidente dos EUA, Donald Trump, pediu repetidamente ao seu homólogo israelense, Isaac Herzog, que conceda indulto ao primeiro-ministro.
Netanyahu, cujo julgamento começou em 24 de maio de 2020, é o primeiro líder israelense em exercício a depor como réu em um processo criminal na história do país.
Em outro processo, o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu um mandado de prisão contra Netanyahu em 21 de novembro de 2024, por crimes de guerra e crimes contra a humanidade em Gaza, onde mais de 69.000 pessoas foram mortas e mais de 170.000 ficaram feridas em uma brutal ofensiva desde outubro de 2023.








