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ONU rejeita alegação de Rubio de que a UNRWA se tornará “subsidiária do Hamas”

25 de outubro de 2025, às 09h06

O Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, observa o discurso do Primeiro-Ministro israelense, Benjamin Netanyahu, após a reunião no gabinete do Primeiro-Ministro em Jerusalém, em 23 de outubro de 2025. [Fadel Senna /POOL/AFP via Getty Images]

A ONU rejeitou na sexta-feira as declarações do Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, que acusou a Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA) de se tornar “uma subsidiária do Hamas”, segundo a Anadolu.

“Vocês já nos ouviram falar sobre como a UNRWA não tem vínculos com o Hamas”, disse o porta-voz adjunto Farhan Haq aos repórteres.

Seus comentários foram feitos depois que Rubio disse aos repórteres em Israel que a ONU está em solo na Faixa de Gaza, mas que a UNRWA “não desempenhará nenhum papel”, descrevendo-a como uma “subsidiária do Hamas”.

Haq rejeitou a caracterização de Rubio, reiterando que a UNRWA desempenha um papel humanitário crucial em Gaza.

“A UNRWA é a espinha dorsal de nossas operações humanitárias em Gaza.

EUA estão explorando maneiras de enviar forças internacionais para Gaza, possivelmente sob mandato da ONU: Secretário de Estado

“Havia um pequeno número de funcionários da UNRWA com vínculos credíveis com o Hamas, e nós lidamos com essa situação e demitimos esses funcionários. Outros não foram identificados como tendo qualquer ligação, ou não foram apresentadas provas para sustentar quaisquer alegações”, disse ele.

O Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) decidiu na quarta-feira que Israel é obrigado, pela Convenção de Genebra, a concordar e facilitar programas de ajuda humanitária fornecidos por terceiros Estados e grupos humanitários imparciais, incluindo o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) e a UNRWA, para garantir que ajuda suficiente chegue à Faixa de Gaza.

O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, acolheu na quarta-feira o parecer contrário do TIJ e instou “veementemente” Israel a cumprir suas obrigações em relação à presença e às atividades da ONU e de outros atores humanitários no Território Palestino Ocupado, de acordo com o parecer consultivo.