Ex-chefe de Haia condena incitação de Israel contra jornalistas mortos em Gaza

4 meses ago

Warning: foreach() argument must be of type array|object, null given in /www/wwwroot/monitordooriente.com/wp-content/plugins/amp/includes/templates/class-amp-post-template.php on line 236
Luis Moreno-Ocampo, ex-promotor-chefe do Tribunal Penal Internacional (TPI) [Ralph Alswang/FlickR]

Luis Moreno-Ocampo, ex-promotor-chefe do Tribunal Penal Internacional (TPI), rejeitou as acusações de “terrorismo”, sem provas, difundidas por Israel contra Anas al-Sharif e seus colegas da rede Al Jazeera em Gaza, como pretexto para assassiná-los.

O exército israelense, em rara admissão, assumiu um bombardeio a uma tenda perto do Hospital al-Shifa, na noite de domingo (10), com seis jornalistas mortos. Todavia, seguiu a difamá-los como prerrogativa de seus crimes.

Para Moreno-Ocampo, porém, não fossem os repórteres, não se saberia dos acontecimentos em Gaza.

“Matar jornalistas é como privar o mundo do dom da visão”, alertou o ex-juiz nesta quarta-feira (13), ao reivindicar da comunidade internacional que defenda seus direitos.

“Israel, com apoio dos Estados Unidos e da Alemanha, segue bombardeando as pessoas de Gaza”, reiterou. “É um dilema, porque os Estados Unidos prometiam ser guardiões do ordem mundial e proteger quem deve ser protegido. Porém, opuseram-se a estabelecer o Tribunal Penal Internacional, um equívoco que meu país, a Argentina, apoiou”.

Para Ocampo, é crucial “restaurar a ordem no mundo, caso contrário, os conflitos trarão o fim da humanidade”.

Washington instituiu sanções à corte em Haia, por seus mandados de prisão emitidos em novembro ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, por crimes de guerra e lesa-humanidade cometidos em Gaza.

Ocampo, que inaugurou o cargo, em 2003, defende as decisões do atual promotor, Karim Khan, pelos mandados de prisão, assim como o processo contra o Estado israelense no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), também em Haia, por genocídio.

Na terça-feira (12), a Fundação Hind Rajab (FHR) registrou nova queixa no TPI, contra seis comandantes militares de Israel, por seu papel no assassinato deliberado de al-Sharif e seus colegas jornalistas.

Sair da versão mobile