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Conferência das Nações Unidas sobre a chamada solução de dois Estados, em Nova York, 28 de julho de 2025 [Selçuk Acar/Agência Anadolu]

A França e outros 14 Estados ocidentais emitiram um apelo para que nações do mundo avancem ao reconhecimento de um Estado da Palestina, confirmou na quarta-feira (30) o ministro de Relações Exteriores francês, Jean-Noël Barrot.

As informações são da rede de notícias France24.

Na noite de terça-feira, quinze chefes de política externa divulgaram uma nota conjunta após uma conferência realizada na sede das Nações Unidas em Nova York, comandada por França e Arábia Saudita, com intuito de reviver a “solução de dois Estados”.

“Em Nova York, junto de 14 outros países, a França está emitindo um apelo coletivo — expressamos nosso desejo de reconhecer o Estado da Palestina e convidar aqueles que ainda não o fizeram que se juntem a nós”, declarou Barrot no Twitter (X).

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Assinam: Andorra, Austrália, Canadá, Eslovênia, Espanha, Finlândia, França, Irlanda, Islândia, Luxemburgo, Malta, Noruega, Nova Zelândia, Portugal e San Marino.

Espanha, Irlanda e Noruega anteciparam o posicionamento europeu, ao reconhecerem a Palestina em maio de 2024, no contexto do genocídio conduzido por Israel em Gaza, com 60 mil mortos e dois milhões de desabrigados até então.

Na última semana, o presidente francês Emmanuel Macron rompeu com a postergação europeia ao prometer reconhecer a Palestina em meio à Assembleia Geral das Nações Unidas, em setembro, ao provocar forte repúdio de Israel e Estados Unidos.

Na terça-feira (29), foi a vez do primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, sugerir a medida, caso Israel não acate a um cessar-fogo em Gaza no mesmo período.

Londres ou Paris — caso cumpram a palavra — serão os primeiros membros do Grupo dos Sete (G7) a reconhecer o Estado da Palestina.

Em seu comunicado, as 15 nações reafirmaram seu “compromisso inabalável com uma visão de dois Estados Unidos”.

Ao fim da conferência, dezessete países, mais União Europeia e Liga Árabe, instaram do grupo palestino Hamas que baixe armas e encerre sua gestão de Gaza, na tentativa de dar fim à catástrofe que assola o território, sob ataques de Israel.

Cento e quarenta e sete países, dos 193 membros da ONU, reconhecem a Palestina.

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