A partir de um chamado da comunidade árabe-palestina em São Paulo, acontece no próximo domingo (27/7), das 11h às 14h, a Ação contra a Fome em Gaza, na esquina da Avenida Paulista com Rua Augusta. A iniciativa unificada é organizada pela Frente em Defesa do Povo Palestino-SP, juntamente com diversas organizações da sociedade civil brasileira e da comunidade árabe-palestina e islâmica. À abertura, às 11h, haverá aula pública com o jornalista Breno Altman.
A ação simbólica atende a convocação global urgente, perante a situação catastrófica da fome imposta pelo bloqueio israelense a Gaza como arma no Holocausto palestino.
A organização está chamando todas as pessoas que defendem direitos humanos a se somarem, levando panelas – simbolizando as terríveis imagens de panelas vazias disseminadas nas redes sociais.
Segundo agências da Organização das Nações Unidas (ONU), 85% da população em Gaza encontra-se às portas do estágio 5 de desnutrição, em que os danos à saúde são potencialmente irreversíveis.
A vida de um milhão de crianças está ameaçada pelo bloqueio israelense, palestinos estão desmaiando de fome e morrendo à espera de alimentos.
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Enquanto isso, a Agência das Nações Unidas para Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA) tem o suficiente em seus armazéns, inclusive em al-Arish, no Egito, para alimentar toda a população de Gaza – 2 milhões.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) emitiu um alerta na última segunda-feira (21/7) sobre a situação catastrófica na Faixa de Gaza diante do bloqueio criminoso total, que impede a entrada de ajuda humanitária desde março último.
“A fome está disseminada em Gaza e as pessoas estão morrendo”, alertou a agência no X, enfatizando ainda que “os alimentos estão perigosamente escassos e a água limpa está abaixo dos níveis de emergência”.
E conclamou: “Basta. As Nações Unidas devem ter permissão para entregar ajuda de todos os tipos e em grande escala às famílias, onde quer que estejam.”
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Desde março, mais de 100 palestinos morreram de fome em função do bloqueio total criminoso por parte de Israel à faixa de Gaza, entre os quais cerca de 80 crianças – das quais, perto de 20 somente nas últimas 24 horas.
Mais de mil palestinos foram assassinados enquanto tentavam se alimentar junto à chamada “Fundação Humanitária a Gaza” coordenada pelos EUA e Israel, a qual se converte numa armadilha para matar mais no Holocausto. “É questão de vida ou morte agir agora!”, destacam os organizadores.
A ação simbólica no domingo denunciará a situação catastrófica, exigindo cessar-fogo imediato, fim do bloqueio a Gaza, além de sanções por parte do Brasil a Israel – embargos energético e militar e ruptura de todas as relações.
Também trará representação sobre a greve de fome de presos políticos e jornalistas palestinos diante de um genocídio que já dura mais de 20 meses, como parte da solução final de Israel na contínua Nakba (catástrofe palestina que já dura mais de 77 anos). Das 11h às 14h, haverá uma série de iniciativas para marcar o protesto. Além da aula pública com o jornalista Breno Altman, contará com oficinas culturais (inclusive da dança folclórica palestina dabke ao encerramento) e microfone aberto para a solidariedade.
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