Palestino morre nas cadeias de Israel uma semana após ser preso

5 meses ago

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Um cidadão palestino de 53 anos faleceu nas cadeias da ocupação israelense somente uma semana depois de ser preso, na aldeia de Rummana, próxima a Jenin, no norte da Cisjordânia ocupada, reportou nesta quinta-feira (17) uma nota conjunta da Comissão de Prisioneiros Palestinos e da Sociedade de Prisioneiros Palestinos — organizações de direitos humanos.

As informações são da agência de notícias Wafa.

Samir Mohammad Yousef al-Rifai, pai de cinco, foi abduzido em sua casa por tropas da ocupação, na quinta-feira passada, 10 de julho. Segundo o informe, estava previsto que comparecesse à Corte Militar de Salem para audiência, uma semana depois — todavia, faleceu.

A família advertiu as autoridades que al-Rifai possui problemas cardíacos, que exigiam acompanhamento médico, antes da prisão.

Com seu falecimento, o número de palestinos mortos em custódia de Israel atingiu 74 vítimas desde a deflagração do genocídio em Gaza sitiada, junto a escalada colonial na Cisjordânia, em outubro de 2023. Estimativas indicam ao menos dez mil palestinos em custódia de Israel, submetidos a abusos, tortura, violência sexual e negligência médica, em boa parte, sem julgamento ou sequer acusação.

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Soldados israelenses sequestram palestinas em Gaza em meio ao genocídio, em 21 de novembro de 2023 [Menahem Kahana/AFP via Getty Images]

O período é visto como o “mais sangrento” na história dos prisioneiros palestinos, sob ocupação israelense. Desde 1967, o total de palestinos identificados que morreram nos cárceres de Israel é calculado em 311 vítimas.

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Os números, porém, representam somente uma parcela, cujas identidades se tornaram conhecidas, para além de milhares de casos de desaparecimento forçado. 

As organizações destacaram que o aumento nas baixas entre os prisioneiros configura um reflexo trágico da opressão sistêmica, à medida que milhares seguem aprisionados como presos políticos ou mesmo reféns, sob campanha de punição coletiva.

O comunicado observou que a prevalência de várias formas de abuso, incluindo fome e privação de insumos básicos de sobrevivência, levou a numerosos problemas de saúde entre os prisioneiros, como epidemias de sarna.

As organizações classificaram a morte de al-Rifai como mais um em uma longa lista de crimes israelenses contra os palestinos; reiteraram que o incidente não é apenas uma extensão da violência em curso, mas sim parte de um padrão amplo de limpeza étnica, bem como genocídio.

As entidades responsabilizaram plenamente as autoridades de Israel pela morte de al-Rifai e ressaltaram apelos ao sistema internacional de direitos humanos para empregar ações decisivas contra as lideranças da ocupação, por seus crimes de guerra e contra a humanidade ainda em curso contra o povo palestino.

Entre as ações, sanções e embargo para isolar o Estado israelense internacionalmente, além de restauração do papel devido do sistema e das instituições de direitos humanos e justiça internacional, incluindo fim da impunidade usufruída pela ocupação.

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