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Agressão sexual e estupro contra detidos em Gaza continuam, dizem grupos de direitos humanos palestinos

25 de abril de 2025, às 11h27

Dez palestinos libertados pelo exército israelense são levados ao Hospital dos Mártires de Al-Aqsa em veículos da Cruz Vermelha para exames médicos em Deir al-Balah, Gaza, em 21 de abril de 2025 [Ashraf Amra/Agência Anadolu]

A Comissão de Assuntos de Detentos e Ex-detentos da Autoridade Palestina e o Clube de Prisioneiros Palestinos deram depoimentos angustiantes de detentos nas prisões israelenses de Negev e Ofer.

Em um comunicado conjunto, as duas organizações afirmaram: “Estupros e agressões sexuais contra detentos de Gaza continuam”.

“No campo de Ofer, os guardas intencionalmente prendem os detentos e repetidamente inserem um pedaço de pau no ânus do detento até que ele sinta que está sufocando”, segundo um dos detentos.

O comunicado prossegue: “Quanto mais o detento grita de dor, mais o guarda intensifica o abuso”.

Também consta que alguns detentos foram estuprados na frente de outros, com a intenção de destruí-los e disseminar o medo entre eles.

De acordo com o comunicado, câmeras de vigilância — normalmente usadas como ferramenta essencial para monitoramento e controle — se tornaram um meio de abuso. “Se um detido for visto sorrindo ou exibindo qualquer comportamento percebido como desafio, os guardas respondem espancando-o violentamente até que ele desmaie ou as unidades de repressão impõem punições coletivas contra todos os detidos por meio de buscas brutais e tortura severa.”

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