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Colonos e soldados israelenses ferem 11 palestinos na Cisjordânia ocupada

4 de julho de 2025, às 17h16

Soldados israelenses durante invasão ao campo de refugiados de Tulkarm, na Cisjordânia ocupada, em 26 de maio de 2025 [Issam Rimawi/Agência Anadolu]

Ao menos 11 palestinos foram feridos nesta sexta-feira (4) por uma onda de ataques de soldados e colonos ilegais israelenses no distrito de Nablus, na Cisjordânia ocupada, de acordo com fontes médicas e ativistas locais, em denúncia à rede Anadolu.

Ataques incidiram sobre várias cidades e aldeias, incluindo Burin, Juris, Aqraba e Beita, no norte da Cisjordânia, onde colonos vandalizaram propriedades, mataram árvores de oliveiras, roubaram rebanhos e agrediram residentes.

Em Beita, colonos israelenses tentaram linchar moradores e incendiar uma casa perto do Monte Sabih. Três palestinos foram feridos.

Forças israelenses realizaram ainda operações na região, incluindo disparos de bombas de efeito moral, gás lacrimogêneo e munição real. Oito residentes foram transferidos a hospitais locais por sintomas de asfixia.

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A Cisjordânia ocupada tem hoje 770 mil colonos ilegais israelenses, distribuídos em 180 assentamentos e 256 postos avançados, com um pico de agressões, incluindo pogroms contra os palestinos nativos, no contexto do genocídio em Gaza.

Desde outubro de 2023, tropas e colonos israelenses mataram ao menos 989 pessoas na Cisjordânia.

Em julho de 2024, o Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) emitiu uma decisão histórica na qual reconheceu a ilegalidade da ocupação nos territórios palestinos, ao reivindicar evacuação dos colonos e soldados e reparações aos nativos.

Em setembro, a determinação consultiva avançou a resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas, por maioria absoluta dos votos — mais de dois-terços —, com prazo de um ano para ser implementada.

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