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Embaixador dos EUA sugere bombardeios ao Iêmen após disparos a Israel

2 de julho de 2025, às 16h01

Embaixador dos EUA a Israel, Mike Huckabee [Kevin Dietsch/Getty Images]

Mike Huckabee, embaixador dos Estados Unidos a Israel, sugeriu na noite desta terça-feira (1º) ataques aéreos com bombardeiros furtivos B2 contra o Iêmen, após um míssil ser lançado do país ao Estado ocupante, reportou a agência Anadolu.

“Pensamos que haviam acabado os mísseis lançados contra nós, mas os houthis [grupo pró-Irã que administra o Iêmen] acabaram de lançar um contra Israel”, disse o enviado na rede social X (Twitter). “Felizmente, o incrível sistema de intercepção israelense nos encaminhou ao abrigo para aguardarmos liberação”.

“Quem sabe, nossos bombardeiros B2 precisam visitar o Iêmen”, acrescentou.

Os Estados Unidos recorreram às aeronaves para conduzir ataques inéditos a três sítios nucleares do Irã — Fordow, Natanz e Isfahan —, em favor de Israel.

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A ação sucedeu dez dias de troca de disparos Teerã—Tel Aviv, após a ocupação realizar ataques não-provocados ao Estado persa em 13 de junho. O Irã respondeu com mísseis e drones que romperam as onerosas barreiras israelenses.

Nesta terça, o exército de Israel alegou interceptar um míssil iemenita. Segundo a mídia local, autoridades fecharam temporariamente o espaço aéreo do país.

O ministro da Defesa Israel Katz respondeu com ameaças. “O Iêmen será tratado como o Irã. Após atacarmos a cabeça da serpente, atacaremos também os houthis”, escreveu no Twitter. “Quem quer que erga a mão a Israel terá a mão cortada!”

O movimento Ansar Allah — conhecido como houthis — não comentou o caso.

Os houthis mantêm disparos a Israel desde novembro de 2023, bem como embargo de navegação no Mar Vermelho, Golfo de Aden e Mar Arábico, em apoio aos palestinos de Gaza, sob genocídio israelense desde outubro do mesmo ano.

O conflito regional permanece, agora, estagnado, com a continuidade da crise em Gaza e suspensão dos disparos Teerã—Tel Aviv, sob suposto acordo de cessar-fogo mediado pelo presidente americano Donald Trump em 24 de junho.

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