Os ministros de Relações Exteriores do Egito e Catar debateram por telefonema, nesta terça-feira (1º), ações conjuntas para retomar negociações a um cessar-fogo em Gaza, após mais de 20 meses de genocídio israelense, reportou a agência Anadolu.
O ministro egípcio Badr Abdelatty e seu colega catari Mohammed bin Abdulrahman al-Thani trocaram pontos de vista sobre a conjuntura, de acordo com um informe à mídia da chancelaria no Cairo.
Ambos reavaliaram esforços de mediação, junto dos Estados Unidos, “para retomar um cessar-fogo e parar o derramamento de sangue do povo palestino, assegurar a soltura dos prisioneiros e garantir urgente e desobstruído fluxo humanitário a Gaza”.
No domingo (29), Abdelatty alegou trabalhar em um novo acordo, incluindo 60 dias de trégua em troca de libertação dos prisioneiros de guerra israelenses ainda radicados no enclave e rápida entrada assistencial ao enclave sitiado.
Egito, Catar e Estados Unidos instituíram um acordo de três fases, entre Israel e Hamas, em 19 de janeiro, porém, revogado unilateralmente pelo lado ocupante, com retomada de ataques intensivos dois meses depois.
Israel ignora apelos internacionais por cessar-fogo, ao manter seu genocídio em Gaza, com 56.500 mortos e dois milhões de desabrigados sob catástrofe de fome.
Em novembro, o Tribunal Penal Internacional (TPI), sediado em Haia, emitiu mandados de prisão contra o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e seu ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, por crimes de guerra e lesa-humanidade em Gaza
O Estado israelense é ainda réu por genocídio no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), também em Haia, sob denúncia sul-africana deferida em janeiro de 2024.
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