A Eslovênia anunciou que tomará medidas conjuntas com países com ideias semelhantes caso a União Europeia não tome medidas concretas nas próximas duas semanas para lidar com o agravamento da crise humanitária na Faixa de Gaza, que vem sofrendo um ataque israelense mortal nos últimos 21 meses.
Em declarações a jornalistas à margem de uma cimeira da UE em Bruxelas, na quinta-feira, o primeiro-ministro esloveno, Robert Golob, criticou alguns Estados-membros da UE por priorizarem os seus próprios interesses em detrimento da proteção dos direitos humanos palestinos.
Golob sublinhou a importância de a UE tomar medidas significativas contra Israel. Afirmou: “A menos que a UE tome medidas concretas hoje ou dentro de duas semanas, cada Estado-membro, incluindo a Eslovénia e alguns países que partilham as nossas opiniões, será forçado a dar os próximos passos por conta própria.”
Sublinhando que a UE deve ir além da solidariedade simbólica, o líder esloveno afirmou: “Já passou da hora de não demonstrarmos apenas solidariedade, mas de exercermos pressão real sobre o governo israelense.”
Desde 7 de outubro de 2023, Israel vem realizando o que foi descrito como uma campanha genocida em Gaza, com o apoio dos Estados Unidos. A ofensiva inclui assassinatos generalizados, fome, destruição e deslocamento forçado, ignorando apelos internacionais e ordens vinculativas da Corte Internacional de Justiça para pôr fim à violência.
O ataque em andamento resultou na morte ou ferimento de mais de 188.000 palestinos, a maioria mulheres e crianças, além de mais de 11.000 desaparecidos. Centenas de milhares foram deslocados, e a fome ceifou a vida de muitos, incluindo crianças.
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