Israel parece ter sofrido mais um revés em sua guerra em curso na Faixa de Gaza, desta vez devido à sua dependência de uma milícia que armou e financiou recentemente na esperança de que ela desempenhe múltiplas funções — incluindo apoiar o exército israelense e substituir o Hamas como potência em terra.
O jornal israelense Yedioth Ahronoth noticiou que a milícia, liderada por Yasser Abu Shabab, está com dificuldades para cumprir as tarefas que Israel esperava que ela realizasse na Faixa de Gaza para ajudar a estabelecer o controle sobre o território.
De acordo com o jornal, a milícia é composta por cerca de 400 combatentes e opera principalmente na zona de segurança perto de Rafah. Até o momento, a milícia não conseguiu expandir sua presença para além dessa área limitada.
Em um comunicado recente, a milícia — cujo líder, Abu Shabab, foi mencionado anteriormente em um memorando interno das Nações Unidas como responsável pelo saque sistemático de ajuda humanitária — afirmou: “Esperamos uma solução imediata para o problema do roubo de ajuda. A distribuição ocorrerá sob um novo mecanismo para garantir que cada cidadão receba sua parte.” No entanto, ainda não está claro se a milícia estará envolvida no processo de distribuição, como o fará e em que medida, enquanto a Fundação Humanitária de Gaza (GHF), financiada pelos EUA, continua suas operações na Faixa de Gaza.
Enquanto isso, o vice-líder da milícia, cujas forças estão trabalhando em conjunto com o exército israelense, acusou o Hamas de liderar uma campanha coordenada para apreender carregamentos de ajuda.